sexta-feira, março 30, 2018
A Ocidente, temos a matriz
judaico-cristã, cheia de comandos para os crentes, mas com poucos trilhos para
que adquiram Consciência…
A Oriente, temos muitos trilhos
para a Consciência, mas pouco mais de Sentido para a Vida…
A Ocidente, a matriz “religiosa”
oferece a “salvação” a quem obedecer àqueles comandos…
Mas tal “salvação” será chegar (apenas)
ao “paraíso” – um paraíso cheio de leite e mel e gozo, mas também cheio de
tédio e sem sentido…
A Oriente, a matriz oferece
trilhos para a consciência, mas a “salvação” consiste, a final, na “dissolução”
na Origem, na Consciência Divina…
Falta a ambas estas matrizes o
Verdadeiro Sentido para a Vida…
E que consiste em procurar a
Consciência - com o fim de atingirmos, todos e cada um, a Consciência Divina -,
mas mantendo a nossa individualidade – para o que necessitaremos sempre de um
corpo-base, mais ou menos subtil, em que aquela se manifesta – e, com ela,
chegarmos a ser “Deuses”…
Isto é, a termos uma Consciência
Divina – na ligação da qual todos somos apenas UM -, mas a mantermos sempre um
corpo físico que nos garanta a individualidade e a singularidade…
No conjunto
corpo-físico-consciência seremos “Deuses” capazes de criar novos Mundos e novas
Individualidades – que, um dia, chegarão também a ser “Deuses”, criadores de
novos mundos e novas individualidades…
E assim “ad aeternum”…
Por isso o Mestre dizia: «Ama ao
Senhor teu Deus acima de todas as coisas e ama ao teu próximo como a ti mesmo»...
Ou seja: «Ama ao Senhor teu Deus»
para adquirires Consciência…
E «Ama ao teu próximo como a ti
mesmo» porque todos estão no mesmo caminho – sem excepção…
Esta é a matriz da Verdadeira
Salvação!
Já agora, pense nisto!
Disse!
- Victor Rosa de Freitas -
terça-feira, março 27, 2018
AFINAL, QUEM É O CESTEIRO?…
Nesta peça, José Miguel
Júdice, a propósito da Operação Fizz, começa por perguntar se Orlando Figueira
– o ex-Procurador arguido naquele processo – é um “cesteiro” e termina a sua
intervenção com a mesma pergunta…
A interrogação daquele advogado –
muito rico e poderoso no mundo “terreno” – prende-se com o ditado popular português
«cesteiro que faz um cesto, faz um cento, e, tendo cipó e tempo, faz duzentos»…
Toda a gente sabe o significado
de tal ditado e onde quer chegar, maldosamente, Miguel Júdice…
Logo de seguida este brinda
aquele magistrado – em licença sem vencimento – com os epítetos de “arrogante”
e que “parece que tem as costas quentes”, a propósito da sua conduta em
julgamento…
Ora, Orlando Figueira, comparado
com Miguel Júdice, é um “anjo”, uma pessoa de grande religiosidade, que
acredita que as provas que a vida terrena lhe traz fazem parte do seu
crescimento espiritual, que essa é a Vontade de Deus…
Numa palavra, Orlando Figueira,
tem o “desassombro” de se afirmar – sem medos -, porque vê que se encontra nas
“mãos de Deus” e porque é apenas Deus que lhe “aquece as costas” – e não
qualquer poder terreno, como aquele que Miguel Júdice parece possuir em
abundância…
O magistrado invocou Proença de
Carvalho como autor do contrato de trabalho – e sua rescisão – que havia
celebrado com o banqueiro Carlos Silva e justificativo dos dinheiros que havia
recebido…
Como Júdice confessa, ele próprio
é amigo de Proença de Carvalho, e a citação do amigo, pelo magistrado, leva
Júdice a destilar ódios contra ele, magistrado…
Há aqui uma tensão entre um
magistrado com “inocência” – simbolizado por Orlando Figueira – e um “veterano”
de sucesso na advocacia – simbolizado por Miguel Júdice…
O primeiro, um magistrado de
referência, honesto e preocupado com a Justiça – conforme depoimentos de
colegas e juízes…
O segundo, um advogado poderoso e
muito rico – materialmente – como é do conhecimento público…
O primeiro, que se deixou
deslumbrar pela Matrix do consumismo tão típica dos angolanos, e que, pelo
trabalho, procurou melhores rendimentos – e que está a ser responsabilizado por
isso, mas de elevada consciência e religiosidade…
O segundo, causídico, que já foi
Bastonário dos advogados e o primeiro, como tal, a ser processado disciplinarmente
pela sua Ordem, e que, a meu ver, se reduz, espiritualmente, às riquezas mundanas e que não
admite que o primeiro também as possa ter…
Dito isto, deixo uma pergunta:
Afinal, quem é o cesteiro?
Disse!
- Victor Rosa de Freitas -
domingo, março 25, 2018
O ESTADO DA “JUSTIÇA” PORTUGUESA É MUITO, MUITO GRAVE…
Há, genericamente, muitos
críticos contundentes da “justiça” portuguesa…
Mas muitos ainda confiam nela,
quer por sentimentos atávicos, ou porque confundem o que desejam – Justiça –
com a realidade…
E, destes, ainda há quem pense
que aqueles críticos são pessoas que querem esconder as suas faltas, acusando a
“justiça”…
Porém, o estado da “justiça”
portuguesa é muito mais grave do que parece…
Quando o Conselho Superior do
Ministério Público (CSMP) condena um magistrado do MP em pena de demissão – por
alegada falta de honestidade – e o Supremo Tribunal Administrativo (STA) anula tal
pena porque se não verifica tal falta de honestidade…
E, logo a seguir, o mesmo CSMP,
alegando “executar o julgado anulatório” – isto é, alegando tirar todas as
consequências de tal decisão de anulação – afirma, de novo, a falta de
honestidade do magistrado e condena-o em pena de aposentação compulsiva…
Sendo certo que as penas de
demissão e de aposentação compulsiva são penas alternativas (expulsivas),
previstas e punidas pelo mesmo ilícito – artº 184º do Estatuto do Ministério
Público (EMP)…
Pergunta-se:
Como é possível o CSMP executar
um tal “julgado”, dizendo precisamente o contrário desse “julgado”?...
Pela lógica mais elementar é
impossível!
Mas, para a “justiça” portuguesa,
é possível…
E esta assim faz!...
Porquê?
Não há outra resposta possível…
OS MEMBROS DO CSMP QUE ASSIM
DECIDIRAM SÃO MORALMENTE CORRUPTOS…
O que é GRAVE, MUITO GRAVE…
Mas mais GRAVE AINDA é quando se
impugna a “execução de tal julgado” junto do STA e este tribunal indefere tal
impugnação…
Uma, duas vezes…
Chegando ao ponto de omitir
pronúncia sobre as razões aduzidas pelo magistrado impugnante…
(E a “omissão de pronúncia” sobre
questões relativas ao mérito da causa, determina, segundo a lei, a NULIDADE da
decisão em que houve tal omissão…)
Recorre-se, reclama-se e
impugna-se, por todas as vias legais, tal omissão de pronúncia…
Em resposta, o STA,
olimpicamente, limita-se a omitir pronúncia sobre a invocada omissão de
pronúncia…
O que é muito mais GRAVE AINDA…
Porquê?
Não há outra resposta possível…
PORQUE OS CONSELHEIROS DO STA QUE
ASSIM DECIDIRAM SÃO MORALMENTE CORRUPTOS…
Apresenta-se queixa-crime contra
os referidos membros do CSMP e juízes do STA…
A Procuradoria-Geral da República
(PGR) limita-se a arquivar liminarmente tal queixa…
Numa altura em que tanto se fala
do combate à corrupção – económica e financeira -, ter uma “justiça” cheia de
membros do CSMP e juízes do STA moralmente corruptos, é MUITO GRAVE…
Como é MUITO GRAVE ter uma PGR
que arquiva liminarmente queixas contra membros do CSMP e juízes do STA…
É MUITO, MUITO GRAVE, mesmo, o
estado da “justiça” portuguesa!...
Disse!
- Victor Rosa de Freitas -
sexta-feira, março 23, 2018
O EFEITO LUCÍFER…
«Há um aspecto burocrático da
maldade (além de outro, mais emocional e catártico), uma espécie de dever, uma
vivência insensibilizada e fria, que será talvez mais perigosa pois é de uma
eficácia quotidiana, fabril e constante. É uma maldade que não se limita a uma
explosão episódica de violência. Agimos, muitas vezes sem sentir
responsabilidade pelo acto em si ou pelas suas consequências, porque fomos
ordenados a fazê-lo, é nosso dever fazê-lo, e a nossa acção fica defendida pela
responsabilidade de um outro ou de uma ideia outra. Um homem insignificante
poderá cometer, sem que se sinta responsável, crimes hediondos, bastando que,
sob a aparência de um bem maior, uma qualquer «verdade» social, política,
filosófica, científica ou financeira, passe a sentir que o que faz é uma
necessidade e a única maneira de agir. No final, poderá exibir orgulhosamente o
resultado do seu crime.
«Com a ajuda de um ambiente
social propício, que o incite a cumprir o seu papel, a obediência torna-se mais
fácil. E quantas mais pessoas obedecerem, mais difícil se torna a desobediência
de um só, porque ir contra essa massa de gente exige um acto de bravura e
heroísmo em que a própria vida estará automaticamente em risco.
«Mas a «banalização do mal»,
expressão cunhada por Hannah Arendt, não era a questão de o mal se tornar algo
corriqueiro ou trivial (o que não deixa de acontecer) mas sim o facto de surgir
e ser executado por pessoas banais e não por monstros mitológicos. Phiplip
Zimbardo desenvolveu uma experiência psicológica, no início dos anos setenta,
na qual vinte e quatro jovens (sem qualquer problema psicológico ou criminal)
encarnavam, metade deles, o papel de carcereiros e a outra metade, o de
prisioneiros. A experiência foi interrompida após seis dias – era para ter
durado duas semanas – porque a crueldade e a violência e a desumanização que se
verificaram foram tão aberrantes que não houve outra hipótese senão cancelar a
experiência. Pessoas absolutamente normais, como a maioria de nós, que jamais
reconheceriam, se lhes perguntassem, serem capazes de tais actos, acabaram por
demonstrar como somos vulneráveis às circunstâncias e aos papéis sociais que
nos são atribuídos. Qualquer pessoa, por mais bondosa que se considere, poderá
facilmente converter-se no mais hediondo dos algozes. Zimbardo chamou a este
fenómeno Efeito Lucífer.»
(In “JALAN JALAN, UMA LEITURA DO
MUNDO”, de Afonso Cruz, Companhia das Letras, págs. 627 e 631)
quinta-feira, março 22, 2018
LEMBRA-TE SEMPRE DE QUE…
Os obstáculos, as barreiras, as
dificuldades, as contrariedades, os desafios são fundamentais para que te
possas desenvolver e evoluir espiritualmente, até atingires a CONSCIÊNCIA…
A própria VIDA se encarrega de os
trazer a ti e a cada um…
Ensina – se o conheces - o
caminho da CONSCIÊNCIA ao teu semelhante…
Ao invés de o quereres
prisioneiro das circunstâncias…
Assim fazendo, TODOS – incluindo
tu próprio – beneficiarão…
Trata-se de uma elementar
“verdade oculta” para a generalidade das pessoas…
Se tens LUZ, partilha-a, pois…
Sem imposições, mas apenas
acenando com ELA…
Lembra-te sempre de que o DESTINO
dos seres humanos – de todos, sem excepção - é tornarem-se “Deuses”…
Se não tens LUZ, procura-a…
Pois,
como dizia o MESTRE, “Porque, aquele que pede, recebe; e, o que busca,
encontra; e, ao que bate, abrir-se-lhe-á.” (Mateus, 7:8)…
Disse!
- Victor Rosa de Freitas –
sábado, março 17, 2018
“JUSTIÇA” SEM CONSCIÊNCIA…
Quando querem absolver um
arguido, os juízes, em geral, “contestam” a acusação do MP…
Quando querem condenar um
arguido, os juízes, em geral, “contestam” a contestação do arguido…
É tudo uma questão de
“argumentação”…
Não há imparcialidade…
Não há objetividade…
Ninguém acredita no “império da
lei”, na autonomia funcional do Estado, plasmada na lei, numa palavra, ninguém
acredita no Estado de Direito…
O julgador tem de lidar com a
Lei, com o seu império, com o Estado de Direito…
Mas não acredita neles…
(Aliás, ninguém acredita neles,
repete-se…)
Para todos, em geral, a autonomia
funcional do Estado, plasmada na Lei, o Estado de Direito, não levam à
realização da Justiça…
A “justiça” está, para eles e para
o julgador, para além do Estado de Direito…
A “justiça” é, para eles,
meramente argumentativa, é feita com um mero “linguajar jurídico”…
Materialmente, a “justiça”
resume-se à “moral”, à “ideologia”, à “ética” do julgador…
Não aos valores e à ética da Lei
e do Estado de Direito…
Por que é que é assim?...
Porque há falta de CONSCIÊNCIA do
legislador, por um lado,,,
Porque há falta de CONSCIÊNCIA do
julgador, por outro…
E porque há falta de CONSCIÊNCIA
das pessoas, em geral…
Resume-se, pois, a “justiça” a
uma lotaria…
Disse!
- Victor Rosa de Freitas -
OS DOIDOS DE DENTRO E DE FORA DO MANICÓMIO…
«Existe uma história sobre Khalil
Gibran. Um dos seus amigos ficou doido. Ele não conseguia acreditar, o homem
era tão inteligente e, apesar disso, tinham-no internado num manicómio! Gibran
foi visitá-lo. Sentia-se muito triste e com muita pena dele. O amigo estava
sentado num banco, à sombra de uma árvore, no jardim desse manicómio. Gibran
abordou-o, e quis demonstrar-lhe a sua compaixão. O homem começou a rir-se.
«Gibran disse: “Bem, parece que
realmente ficaste doido. Estou a demonstrar solidariedade, compaixão, a minha
amizade, e tu estás a rir-te.”
«O homem respondeu: “Eu tenho de
me rir, porque aquelas pessoas que são doidas não me conseguem convencer de que
eu estou doido só por pertencerem à maioria. Aliás, desde que aqui cheguei que
estou imensamente feliz, pois deixei o manicómio que se encontra no exterior.
Aqui posso ser tão são quanto me apetecer. Ninguém interferirá. Não deverias
ter pena de mim… na verdade, deveria ser eu a ter pena de ti. Que raio estás tu
a fazer naquele enorme manicómio lá fora? Porque não vens para aqui viver
comigo?”
«Khalil Gibran estava chocado,
mas uma grande questão surgiu na sua mente. Talvez aquele homem estivesse
certo.
«Para mim, não existe um talvez.
O homem estava certo.»
(In “TERAPIA, PSICOLOGIA E
MEDITAÇÃO”, de OSHO, Pergaminho, pág. 206)
segunda-feira, março 12, 2018
EXISTÊNCIA E “NÃO-EXISTÊNCIA”…
A “não-existência” é a mera
negação da existência…
Constatando-se a Existência,
desaparece a “não-existência”…
Mas a mente é dualista…
Trabalha sempre com conceitos
contraditórios…
Branco-negro, frio-quente,
bom-mau, luz-escuridão, existência-não existência…
Quem tentar conciliar estes
contrários, designadamente a existência-não existência, através da mente, acaba
louco…
São contrários inconciliáveis…
Só há, pois, uma via…
Para a constatação da Existência
é necessário ir para além da mente…
É preciso entrar na Consciência…
Esta não é dualista…
É UNA e INDIVISÍVEL…
E, quando se entra na
Consciência, constata-se a Existência…
Existência pura, sem qualquer
negação…
Por isso se deve fazer sempre a
apologia da CONSCIÊNCIA…
Porque só no estado de
CONSCIÊNCIA se começa a VIVER…
Sem negações, sem medos, sem
divisões interiores…
Mas a Viver PLENAMENTE…
E quanto à mente?...
No estado de Consciência, a mente
não tem qualquer domínio sobre nós…
Mas nós temos completo domínio
sobre ela…
E usamos a MENTE para resolver os
problemas mundanos, da vida terrena – que é dualista…
Seja CONSCIENTE!
Assim não será dominado pela mente
– nem pela sua nem pela dos outros…
Mas dominará e usará a sua mente…
(E com CONSCIÊNCIA lutar-se-á,
igualmente, contra a injustiça dos homens, pois estes são todos iguais a este
nível; lutar-se-á para que todo e qualquer ser humano tenha Consciência – é um
direito humano básico e fundamental…)
Disse!
- Victor Rosa de Freitas –
quinta-feira, março 08, 2018
MEDITANDO…
As pessoas, em geral,
perguntam-se: - Que fazer na existência?...
Simples:
Busca a consciência…
Procura os teus dons e talentos…
Exercita-os...
Mas nunca percas de vista que, ao
encontrares a consciência – com mais ou menos encarnações -, um dia serás um
“Deus”…
Criarás o teu próprio corpo
imortal…
Criarás novos mundos e novas
individualidades…
E estas serão um dia também
“Deuses”…
E assim sucessivamente, “ad
aeternum”…
Esta é a verdadeira Salvação!
Meditei e disse!
- Victor Rosa de Freitas -
quarta-feira, março 07, 2018
UM POUCO DE UTOPIA – UM ORÇAMENTO DE ESTADO NUMA EPISTOCRACIA…
Numa epistocracia – governo dos
mais CONSCIENTES – um orçamento de Estado seria elaborado segundo alguns
princípios elementares de justiça social e de liberdades fundamentais…
Num governo dos mais CONSCIENTES
– uma epistocracia -, o pano de fundo ideológico assentaria no facto de todos
os seres humanos – TODOS, sem exceção – terem uma vida terrena orientada no
sentido de se realizarem nas suas potencialidades espirituais, isto é, de
enfrentarem os desafios e provações da vida como meio e caminho para se
tornarem – mais encarnação, menos encarnação - verdadeiros “Deuses”, com
conhecimento profundo da sua realidade interior e da realidade exterior…
Para tanto, todos – sem exceção –
necessitariam de lhe serem asseguradas as liberdades e direitos humanos
fundamentais, como o inalienável direito à vida, liberdade de reunião e de
associação, direito ao conhecimento, liberdade de expressão, direito de defesa
em processo justo nas causas criminais em que fossem visados, uma Justiça
isenta e imparcial, tudo enformado por um Estado de Direito…
Depois, para a elaboração do
orçamento de Estado, a espistocracia teria em atenção dois princípios
fundamentais:
1.- a cada um segundo as suas
necessidades, para a concretização daquele referido caminho de realização
espiritual…
Seria garantido o direito à
sobrevivência material, saúde, educação e justiça, para todos…
2,- de cada um segundo as suas
capacidades, dentro do caminho espiritual e tendo em atenção o processo
produtivo…
Quanto mais realizada
espiritualmente a pessoa fosse, mais acesso teria a funções de poder e, quanto
mais peso tivesse no processo produtivo económico, maiores seriam os seus
rendimentos, com tetos limitativos, sempre dentro do quadro de fundo do caminho
de realização espiritual, a corrigir através de impostos…
O governo epistocrático não
concentraria no Estado todos os meios de produção, mas apenas os setores
fundamentais em que o interesse público o justificasse, vigorando, amplamente,
a economia de mercado e a iniciativa privada…
3.- O
orçamento de Estado seria elaborado segundo o PIB e traduzir-se-ia numa
distribuição justa da riqueza economicamente produzida...
Dito isto, o orçamento de Estado
deveria ser subordinado a estes princípios e quadro de fundo de evolução
espiritual dos seus cidadãos e residentes…
Utopia?...
Ficção?...
Talvez!...
Mas, sobretudo, um desafio para reflexão…
De TODOS - sem exceção!
Disse!
- Victor Rosa de Freitas -
domingo, março 04, 2018
A ILUMINAÇÃO…
«A iluminação é simplesmente o
processo de tomar conhecimento das suas camadas de personalidade inconscientes
e de as largar. Elas não o representam a si; são faces falsas. E devido a essas
faces falsas, você não pode descobrir a sua face original.
«A iluminação não passa da
descoberta da face original – a realidade essencial que você trouxe consigo, e
a realidade essencial que terá de levar consigo quando morrer. Todas estas
camadas reunidas entre o nascimento e a morte serão deixadas para trás.
«A pessoa iluminada faz
exatamente o que a morte faz a toda a gente, simplesmente fá-lo a si própria.
Ela morre de uma forma e renasce, morre de uma forma e ressuscita. E a sua
originalidade é resplandecente porque faz parte da vida eterna.
«É um processo simples para se
descobrir a si próprio.
«Você não é o recipiente, mas sim
o conteúdo.
«Descartar o recipiente e
descobrir o conteúdo será todo o processo de iluminação.»
(In “TERAPIA, PSICOLOGIA E
MEDITAÇÃO”, de OSHO, Pergaminho, pág. 15)
AS TRÊS GRANDES HIPÓTESES SOBRE A MORTE FÍSICA…
«Interpelado pelo problema da
morte, pelo carácter inelutável da sua destruição física, o homem arquitectou
três grandes séries de hipóteses:
«1) A morte assinala um fim total
e categórico. A interrupção das funções vitais acarreta automaticamente a
extinção dos processos mentais. O indivíduo é aniquilado. As moléculas do seu
corpo decompõem-se, os seus átomos dispersam-se na natureza.
«É a posição materialista
clássica, o “eu acredito naquilo que vejo”. O inconveniente de semelhante
teoria (quando ela pretende erigir-se em sistema), é que eu nunca vejo a minha
própria morte. Posso ver a morte dos outros, não a minha. Trata-se, pois, de um
ponto de vista exterior, e não de uma experiência pessoal.
«Por outro lado, é peregrinamente
paradoxal querer captar uma realidade definitiva, absoluta (morte = nada),
mediante um espírito perecível, logo relativo e limitado. Cai-se num círculo
vicioso do género: «é verdade que não há verdade».
«2) O homem possui uma alma
individual imortal, que será punida ou recompensada em função das acções
cometidas aquando da sua passagem terrestre. É, global e esquematicamente, o
ponto de vista das três grandes tradições líbricas – judaísmo, cristianismo e
islamismo.
«Esta posição levanta um certo
número de problemas espinhosos e quase insolúveis: segundo que critérios serão
julgadas as crianças falecidas em tenra idade? Como conciliar a ideia de um
Deus de amor e de justiça com a implacável desgraça de todos os que nascem e
vivem em condições de alienação desesperantes – deficiência física ou mental,
miséria embrutecedora, meio pervertido, etc.? Se a misericórdia divina deve
afinal de contas absolver-nos todos, de que serviria submeter-nos a tais
provações, por que motivo nos infligiria tantos sofrimentos? Além disso, não é
muito cabal imaginar a nossa sorte fixada para toda a eternidade a partir de
uma encarnação única e tão breve.
«3) A terceira hipótese propõe,
no que tange à nossa alma imortal, a perspectiva de uma viagem ilimitada no
espaço e no tempo. Através de inúmeras formas e contextos, o princípio
espiritual imperecível prossegue o seu périplo, de existência em existência,
mudando de corpo e de vida um pouco à maneira de um actor que muda de papel, de
traje e de cenário.
«Estamos perante uma visão
essencialmente rítmica do Universo, correspondendo a sucessão dos períodos de
encarnação e de morte a fases de actividade e de repouso, de modo equiparável à
alternância da vigília e do sono, da inspiração e da expiração, da expansão e
da contracção, ou, numa linguagem mais abstracta, da manifestação e da
não-manifestação.»
(In “A REENCARNAÇÃO, O TANTRISMO,
OS LOUCOS DE DEUS”, Oriente Secreto, Publicações Europa-América, págs. 8 e 9)
sábado, março 03, 2018
PERDOAR…
«Perdoar não significa que terá
de aceitar a pessoa na sua vida novamente. Significa que perdoou dentro de si o
que lhe fizeram, para ficar bem, mas não tem necessariamente de desculpar a
pessoa e trazê-la de volta para a sua vida. Desculpar quer dizer que o leitor
está a tirar a culpa do outro que lhe fez mal, para que ele se sinta bem
também. Nem sempre fará bem uma reaproximação. Se optar por aceitá-la e
magoar-se novamente, mais uma vez será responsável por tal situação. Existem
casos e casos: nalguns, podemos reaproximar-nos; noutros, é melhor afastar-nos.
Desculpamos aqueles com quem teremos uma convivência futura ou com quem temos
relacionamentos importantes – a isso chamamos reconciliação, onde existe perdão e desculpa.»
(In “HO’OPONOPONO, MINDFULNESS E
REIKI”, de Juliana De’ Carli, 20/20 Editora-Nascente, pág. 64)
sexta-feira, março 02, 2018
HUMINT – A «inteligência» humana…
«A «inteligência» humana – HUMINT
– tem estado entre nós desde o início. Os espiões são o cerne dos serviços de
informação desde tempos imemoriais. Ao passo que a recolha de dados através da
interceção de sinais de comunicação existe há pouco mais de um século; a
obtenção de informação através de imagens aéreas há apenas cem anos; e os
serviços de deteção eletrónicos há cerca de sete décadas, a «inteligência»
humana – espiões e a espionagem – representa a mais antiga forma de aquisição
de informações – assim como a mais numerosa. Da Suméria às primeiras páginas
dos jornais do dia de amanhã, da guerra total ao roubo de segredos comerciais,
existirão sempre espiões. Espiar representa confiar e trair, esperança e medo,
amor e ódio. Espiar para recolher informações acerca do «outro» é algo eterno,
desde sempre centrado em pessoas e personalidades. Por esse motivo, temos,
entre outras, a espionagem familiar, a espionagem financeira e espionagem entre
nações.
«Aquilo que um espião faz
consiste, acima de tudo, em identificar “intenções” de um modo que métodos
mecânicos dos serviços de informação frequentemente não conseguem fazer, dado
que saber quais são os intentos do outro acaba por ser vital. Os serviços de
informação foram sempre mais do que uma mera «contagem de feijões»: quantos
tanques? Quantos terroristas? Um requisito fundamental, uma vez identificadas
as capacidades de um adversário consistirá em saber «o que é que ele pretende
fazer». Este requisito básico da «inteligência» nunca está fora de moda, pelo
que um espião com capacidade de obtenção de dados, e que tenha sido recrutado
por quaisquer meios, terá sempre a sua quota-parte no desempenho do
fornecimento da resposta. Operacionais dispersos pelo mundo, até enquanto estas
linha são lidas, tentam diariamente persuadir indivíduos com meios de acesso a
informação para que se tornem traidores, usando para tal métodos tão velhos
quanto o tempo para os encorajar ou coagir a fazê-lo.
«A «inteligência» humana é um
campo muito vasto. É muito mais do que apenas espiões e fantasias de James
Bond. Para começar, há muitas formas de HUMINT: desde interpelar desertores e
refugiados até interrogar prisioneiros de guerra, passando por agentes em ação
atrás das linhas inimigas e por requintadas e discretas trocas no tocante à
política diplomática em festas e “cocktails”. Como o próprio nome indica,
HUMINT significa lidar com a mais traiçoeira, falível e não confiável fonte de
informação de todas: os seres humanos.»
(In “A HISTÓRIA DA ESPIONAGEM E O
MUNDO DOS SERVIÇOS SECRETOS E DE INFORMAÇÃO”, de John Hughes-Wilson, Marcador,
págs. 89 e 90)