sexta-feira, março 30, 2018

AS MATRIZES DA VIDA A OCIDENTE E A ORIENTE - E A VERDADEIRA SALVAÇÃO…


A Ocidente, temos a matriz judaico-cristã, cheia de comandos para os crentes, mas com poucos trilhos para que adquiram Consciência…

A Oriente, temos muitos trilhos para a Consciência, mas pouco mais de Sentido para a Vida…
A Ocidente, a matriz “religiosa” oferece a “salvação” a quem obedecer àqueles comandos…
Mas tal “salvação” será chegar (apenas) ao “paraíso” – um paraíso cheio de leite e mel e gozo, mas também cheio de tédio e sem sentido…
A Oriente, a matriz oferece trilhos para a consciência, mas a “salvação” consiste, a final, na “dissolução” na Origem, na Consciência Divina…
Falta a ambas estas matrizes o Verdadeiro Sentido para a Vida…
E que consiste em procurar a Consciência - com o fim de atingirmos, todos e cada um, a Consciência Divina -, mas mantendo a nossa individualidade – para o que necessitaremos sempre de um corpo-base, mais ou menos subtil, em que aquela se manifesta – e, com ela, chegarmos a ser “Deuses”…
Isto é, a termos uma Consciência Divina – na ligação da qual todos somos apenas UM -, mas a mantermos sempre um corpo físico que nos garanta a individualidade e a singularidade…
No conjunto corpo-físico-consciência seremos “Deuses” capazes de criar novos Mundos e novas Individualidades – que, um dia, chegarão também a ser “Deuses”, criadores de novos mundos e novas individualidades…
E assim “ad aeternum”…
Por isso o Mestre dizia: «Ama ao Senhor teu Deus acima de todas as coisas e ama ao teu próximo como a ti mesmo»...
Ou seja: «Ama ao Senhor teu Deus» para adquirires Consciência…
E «Ama ao teu próximo como a ti mesmo» porque todos estão no mesmo caminho – sem excepção…
Esta é a matriz da Verdadeira Salvação!
Já agora, pense nisto!
Disse!
- Victor Rosa de Freitas - 

terça-feira, março 27, 2018

AFINAL, QUEM É O CESTEIRO?…


Nesta peça, José Miguel Júdice, a propósito da Operação Fizz, começa por perguntar se Orlando Figueira – o ex-Procurador arguido naquele processo – é um “cesteiro” e termina a sua intervenção com a mesma pergunta…

A interrogação daquele advogado – muito rico e poderoso no mundo “terreno” – prende-se com o ditado popular português «cesteiro que faz um cesto, faz um cento, e, tendo cipó e tempo, faz duzentos»…
Toda a gente sabe o significado de tal ditado e onde quer chegar, maldosamente, Miguel Júdice…
Logo de seguida este brinda aquele magistrado – em licença sem vencimento – com os epítetos de “arrogante” e que “parece que tem as costas quentes”, a propósito da sua conduta em julgamento…
Ora, Orlando Figueira, comparado com Miguel Júdice, é um “anjo”, uma pessoa de grande religiosidade, que acredita que as provas que a vida terrena lhe traz fazem parte do seu crescimento espiritual, que essa é a Vontade de Deus…
Numa palavra, Orlando Figueira, tem o “desassombro” de se afirmar – sem medos -, porque vê que se encontra nas “mãos de Deus” e porque é apenas Deus que lhe “aquece as costas” – e não qualquer poder terreno, como aquele que Miguel Júdice parece possuir em abundância…
O magistrado invocou Proença de Carvalho como autor do contrato de trabalho – e sua rescisão – que havia celebrado com o banqueiro Carlos Silva e justificativo dos dinheiros que havia recebido…
Como Júdice confessa, ele próprio é amigo de Proença de Carvalho, e a citação do amigo, pelo magistrado, leva Júdice a destilar ódios contra ele, magistrado…
Há aqui uma tensão entre um magistrado com “inocência” – simbolizado por Orlando Figueira – e um “veterano” de sucesso na advocacia – simbolizado por Miguel Júdice…
O primeiro, um magistrado de referência, honesto e preocupado com a Justiça – conforme depoimentos de colegas e juízes…
O segundo, um advogado poderoso e muito rico – materialmente – como é do conhecimento público…
O primeiro, que se deixou deslumbrar pela Matrix do consumismo tão típica dos angolanos, e que, pelo trabalho, procurou melhores rendimentos – e que está a ser responsabilizado por isso, mas de elevada consciência e religiosidade…
O segundo, causídico, que já foi Bastonário dos advogados e o primeiro, como tal, a ser processado disciplinarmente pela sua Ordem, e que, a meu ver, se reduz, espiritualmente, às riquezas mundanas e que não admite que o primeiro também as possa ter…
Dito isto, deixo uma pergunta:
Afinal, quem é o cesteiro?
Disse!
- Victor Rosa de Freitas -

domingo, março 25, 2018

O ESTADO DA “JUSTIÇA” PORTUGUESA É MUITO, MUITO GRAVE…


Há, genericamente, muitos críticos contundentes da “justiça” portuguesa…
Mas muitos ainda confiam nela, quer por sentimentos atávicos, ou porque confundem o que desejam – Justiça – com a realidade…
E, destes, ainda há quem pense que aqueles críticos são pessoas que querem esconder as suas faltas, acusando a “justiça”…
Porém, o estado da “justiça” portuguesa é muito mais grave do que parece…
Quando o Conselho Superior do Ministério Público (CSMP) condena um magistrado do MP em pena de demissão – por alegada falta de honestidade – e o Supremo Tribunal Administrativo (STA) anula tal pena porque se não verifica tal falta de honestidade…
E, logo a seguir, o mesmo CSMP, alegando “executar o julgado anulatório” – isto é, alegando tirar todas as consequências de tal decisão de anulação – afirma, de novo, a falta de honestidade do magistrado e condena-o em pena de aposentação compulsiva…
Sendo certo que as penas de demissão e de aposentação compulsiva são penas alternativas (expulsivas), previstas e punidas pelo mesmo ilícito – artº 184º do Estatuto do Ministério Público (EMP)…
Pergunta-se:
Como é possível o CSMP executar um tal “julgado”, dizendo precisamente o contrário desse “julgado”?...
Pela lógica mais elementar é impossível!
Mas, para a “justiça” portuguesa, é possível…
E esta assim faz!...
Porquê?
Não há outra resposta possível…
OS MEMBROS DO CSMP QUE ASSIM DECIDIRAM SÃO MORALMENTE CORRUPTOS…
O que é GRAVE, MUITO GRAVE…
Mas mais GRAVE AINDA é quando se impugna a “execução de tal julgado” junto do STA e este tribunal indefere tal impugnação…
Uma, duas vezes…
Chegando ao ponto de omitir pronúncia sobre as razões aduzidas pelo magistrado impugnante…
(E a “omissão de pronúncia” sobre questões relativas ao mérito da causa, determina, segundo a lei, a NULIDADE da decisão em que houve tal omissão…)
Recorre-se, reclama-se e impugna-se, por todas as vias legais, tal omissão de pronúncia…
Em resposta, o STA, olimpicamente, limita-se a omitir pronúncia sobre a invocada omissão de pronúncia…
O que é muito mais GRAVE AINDA…
Porquê?
Não há outra resposta possível…
PORQUE OS CONSELHEIROS DO STA QUE ASSIM DECIDIRAM SÃO MORALMENTE CORRUPTOS…
Apresenta-se queixa-crime contra os referidos membros do CSMP e juízes do STA…
A Procuradoria-Geral da República (PGR) limita-se a arquivar liminarmente tal queixa…
Numa altura em que tanto se fala do combate à corrupção – económica e financeira -, ter uma “justiça” cheia de membros do CSMP e juízes do STA moralmente corruptos, é MUITO GRAVE…
Como é MUITO GRAVE ter uma PGR que arquiva liminarmente queixas contra membros do CSMP e juízes do STA…
É MUITO, MUITO GRAVE, mesmo, o estado da “justiça” portuguesa!...
Disse!
- Victor Rosa de Freitas -

sexta-feira, março 23, 2018

O EFEITO LUCÍFER…

«Há um aspecto burocrático da maldade (além de outro, mais emocional e catártico), uma espécie de dever, uma vivência insensibilizada e fria, que será talvez mais perigosa pois é de uma eficácia quotidiana, fabril e constante. É uma maldade que não se limita a uma explosão episódica de violência. Agimos, muitas vezes sem sentir responsabilidade pelo acto em si ou pelas suas consequências, porque fomos ordenados a fazê-lo, é nosso dever fazê-lo, e a nossa acção fica defendida pela responsabilidade de um outro ou de uma ideia outra. Um homem insignificante poderá cometer, sem que se sinta responsável, crimes hediondos, bastando que, sob a aparência de um bem maior, uma qualquer «verdade» social, política, filosófica, científica ou financeira, passe a sentir que o que faz é uma necessidade e a única maneira de agir. No final, poderá exibir orgulhosamente o resultado do seu crime.
«Com a ajuda de um ambiente social propício, que o incite a cumprir o seu papel, a obediência torna-se mais fácil. E quantas mais pessoas obedecerem, mais difícil se torna a desobediência de um só, porque ir contra essa massa de gente exige um acto de bravura e heroísmo em que a própria vida estará automaticamente em risco.
«Mas a «banalização do mal», expressão cunhada por Hannah Arendt, não era a questão de o mal se tornar algo corriqueiro ou trivial (o que não deixa de acontecer) mas sim o facto de surgir e ser executado por pessoas banais e não por monstros mitológicos. Phiplip Zimbardo desenvolveu uma experiência psicológica, no início dos anos setenta, na qual vinte e quatro jovens (sem qualquer problema psicológico ou criminal) encarnavam, metade deles, o papel de carcereiros e a outra metade, o de prisioneiros. A experiência foi interrompida após seis dias – era para ter durado duas semanas – porque a crueldade e a violência e a desumanização que se verificaram foram tão aberrantes que não houve outra hipótese senão cancelar a experiência. Pessoas absolutamente normais, como a maioria de nós, que jamais reconheceriam, se lhes perguntassem, serem capazes de tais actos, acabaram por demonstrar como somos vulneráveis às circunstâncias e aos papéis sociais que nos são atribuídos. Qualquer pessoa, por mais bondosa que se considere, poderá facilmente converter-se no mais hediondo dos algozes. Zimbardo chamou a este fenómeno Efeito Lucífer.»
(In “JALAN JALAN, UMA LEITURA DO MUNDO”, de Afonso Cruz, Companhia das Letras, págs. 627 e 631)

quinta-feira, março 22, 2018

LEMBRA-TE SEMPRE DE QUE…


Os obstáculos, as barreiras, as dificuldades, as contrariedades, os desafios são fundamentais para que te possas desenvolver e evoluir espiritualmente, até atingires a CONSCIÊNCIA…

A própria VIDA se encarrega de os trazer a ti e a cada um…
Ensina – se o conheces - o caminho da CONSCIÊNCIA ao teu semelhante…
Ao invés de o quereres prisioneiro das circunstâncias…
Assim fazendo, TODOS – incluindo tu próprio – beneficiarão…
Trata-se de uma elementar “verdade oculta” para a generalidade das pessoas…
Se tens LUZ, partilha-a, pois…
Sem imposições, mas apenas acenando com ELA…
Lembra-te sempre de que o DESTINO dos seres humanos – de todos, sem excepção - é tornarem-se “Deuses”…
Se não tens LUZ, procura-a…
Pois, como dizia o MESTRE, “Porque, aquele que pede, recebe; e, o que busca, encontra; e, ao que bate, abrir-se-lhe-á.” (Mateus, 7:8)…
Disse!
- Victor Rosa de Freitas –


sábado, março 17, 2018

“JUSTIÇA” SEM CONSCIÊNCIA…


Quando querem absolver um arguido, os juízes, em geral, “contestam” a acusação do MP…

Quando querem condenar um arguido, os juízes, em geral, “contestam” a contestação do arguido…
É tudo uma questão de “argumentação”…
Não há imparcialidade…
Não há objetividade…
Ninguém acredita no “império da lei”, na autonomia funcional do Estado, plasmada na lei, numa palavra, ninguém acredita no Estado de Direito…
O julgador tem de lidar com a Lei, com o seu império, com o Estado de Direito…
Mas não acredita neles…
(Aliás, ninguém acredita neles, repete-se…)
Para todos, em geral, a autonomia funcional do Estado, plasmada na Lei, o Estado de Direito, não levam à realização da Justiça…
A “justiça” está, para eles e para o julgador, para além do Estado de Direito…
A “justiça” é, para eles, meramente argumentativa, é feita com um mero “linguajar jurídico”…
Materialmente, a “justiça” resume-se à “moral”, à “ideologia”, à “ética” do julgador…
Não aos valores e à ética da Lei e do Estado de Direito…
Por que é que é assim?...
Porque há falta de CONSCIÊNCIA do legislador, por um lado,,,
Porque há falta de CONSCIÊNCIA do julgador, por outro…
E porque há falta de CONSCIÊNCIA das pessoas, em geral…
Resume-se, pois, a “justiça” a uma lotaria…
Disse!
- Victor Rosa de Freitas -

OS DOIDOS DE DENTRO E DE FORA DO MANICÓMIO…


«Existe uma história sobre Khalil Gibran. Um dos seus amigos ficou doido. Ele não conseguia acreditar, o homem era tão inteligente e, apesar disso, tinham-no internado num manicómio! Gibran foi visitá-lo. Sentia-se muito triste e com muita pena dele. O amigo estava sentado num banco, à sombra de uma árvore, no jardim desse manicómio. Gibran abordou-o, e quis demonstrar-lhe a sua compaixão. O homem começou a rir-se.
«Gibran disse: “Bem, parece que realmente ficaste doido. Estou a demonstrar solidariedade, compaixão, a minha amizade, e tu estás a rir-te.”
«O homem respondeu: “Eu tenho de me rir, porque aquelas pessoas que são doidas não me conseguem convencer de que eu estou doido só por pertencerem à maioria. Aliás, desde que aqui cheguei que estou imensamente feliz, pois deixei o manicómio que se encontra no exterior. Aqui posso ser tão são quanto me apetecer. Ninguém interferirá. Não deverias ter pena de mim… na verdade, deveria ser eu a ter pena de ti. Que raio estás tu a fazer naquele enorme manicómio lá fora? Porque não vens para aqui viver comigo?”
«Khalil Gibran estava chocado, mas uma grande questão surgiu na sua mente. Talvez aquele homem estivesse certo.
«Para mim, não existe um talvez. O homem estava certo.»

(In “TERAPIA, PSICOLOGIA E MEDITAÇÃO”, de OSHO, Pergaminho, pág. 206)

segunda-feira, março 12, 2018

EXISTÊNCIA E “NÃO-EXISTÊNCIA”…


A “não-existência” é a mera negação da existência…

Constatando-se a Existência, desaparece a “não-existência”…
Mas a mente é dualista…
Trabalha sempre com conceitos contraditórios…
Branco-negro, frio-quente, bom-mau, luz-escuridão, existência-não existência…
Quem tentar conciliar estes contrários, designadamente a existência-não existência, através da mente, acaba louco…
São contrários inconciliáveis…
Só há, pois, uma via…
Para a constatação da Existência é necessário ir para além da mente…
É preciso entrar na Consciência…
Esta não é dualista…
É UNA e INDIVISÍVEL…
E, quando se entra na Consciência, constata-se a Existência…
Existência pura, sem qualquer negação…
Por isso se deve fazer sempre a apologia da CONSCIÊNCIA…
Porque só no estado de CONSCIÊNCIA se começa a VIVER…
Sem negações, sem medos, sem divisões interiores…
Mas a Viver PLENAMENTE…
E quanto à mente?...
No estado de Consciência, a mente não tem qualquer domínio sobre nós…
Mas nós temos completo domínio sobre ela…
E usamos a MENTE para resolver os problemas mundanos, da vida terrena – que é dualista…
Seja CONSCIENTE!
Assim não será dominado pela mente – nem pela sua nem pela dos outros…
Mas dominará e usará a sua mente…
(E com CONSCIÊNCIA lutar-se-á, igualmente, contra a injustiça dos homens, pois estes são todos iguais a este nível; lutar-se-á para que todo e qualquer ser humano tenha Consciência – é um direito humano básico e fundamental…)
Disse!
- Victor Rosa de Freitas –



quinta-feira, março 08, 2018

MEDITANDO…

As pessoas, em geral, perguntam-se: - Que fazer na existência?...
Simples:
Busca a consciência…
Procura os teus dons e talentos…
Exercita-os...
Mas nunca percas de vista que, ao encontrares a consciência – com mais ou menos encarnações -, um dia serás um “Deus”…
Criarás o teu próprio corpo imortal…
Criarás novos mundos e novas individualidades…
E estas serão um dia também “Deuses”…
E assim sucessivamente, “ad aeternum”…
Esta é a verdadeira Salvação!
Meditei e disse!
- Victor Rosa de Freitas -

quarta-feira, março 07, 2018

UM POUCO DE UTOPIA – UM ORÇAMENTO DE ESTADO NUMA EPISTOCRACIA…


Numa epistocracia – governo dos mais CONSCIENTES – um orçamento de Estado seria elaborado segundo alguns princípios elementares de justiça social e de liberdades fundamentais…

Num governo dos mais CONSCIENTES – uma epistocracia -, o pano de fundo ideológico assentaria no facto de todos os seres humanos – TODOS, sem exceção – terem uma vida terrena orientada no sentido de se realizarem nas suas potencialidades espirituais, isto é, de enfrentarem os desafios e provações da vida como meio e caminho para se tornarem – mais encarnação, menos encarnação - verdadeiros “Deuses”, com conhecimento profundo da sua realidade interior e da realidade exterior…

Para tanto, todos – sem exceção – necessitariam de lhe serem asseguradas as liberdades e direitos humanos fundamentais, como o inalienável direito à vida, liberdade de reunião e de associação, direito ao conhecimento, liberdade de expressão, direito de defesa em processo justo nas causas criminais em que fossem visados, uma Justiça isenta e imparcial, tudo enformado por um Estado de Direito…

Depois, para a elaboração do orçamento de Estado, a espistocracia teria em atenção dois princípios fundamentais:

1.- a cada um segundo as suas necessidades, para a concretização daquele referido caminho de realização espiritual…

Seria garantido o direito à sobrevivência material, saúde, educação e justiça, para todos…

2,- de cada um segundo as suas capacidades, dentro do caminho espiritual e tendo em atenção o processo produtivo…

Quanto mais realizada espiritualmente a pessoa fosse, mais acesso teria a funções de poder e, quanto mais peso tivesse no processo produtivo económico, maiores seriam os seus rendimentos, com tetos limitativos, sempre dentro do quadro de fundo do caminho de realização espiritual, a corrigir através de impostos…

O governo epistocrático não concentraria no Estado todos os meios de produção, mas apenas os setores fundamentais em que o interesse público o justificasse, vigorando, amplamente, a economia de mercado e a iniciativa privada…

3.- O orçamento de Estado seria elaborado segundo o PIB e traduzir-se-ia numa distribuição justa da riqueza economicamente produzida...

Dito isto, o orçamento de Estado deveria ser subordinado a estes princípios e quadro de fundo de evolução espiritual dos seus cidadãos e residentes…

Utopia?...

Ficção?...

Talvez!...

Mas, sobretudo, um desafio para reflexão…

De TODOS - sem exceção!

Disse!

- Victor Rosa de Freitas -

domingo, março 04, 2018

A ILUMINAÇÃO…

«A iluminação é simplesmente o processo de tomar conhecimento das suas camadas de personalidade inconscientes e de as largar. Elas não o representam a si; são faces falsas. E devido a essas faces falsas, você não pode descobrir a sua face original.
«A iluminação não passa da descoberta da face original – a realidade essencial que você trouxe consigo, e a realidade essencial que terá de levar consigo quando morrer. Todas estas camadas reunidas entre o nascimento e a morte serão deixadas para trás.
«A pessoa iluminada faz exatamente o que a morte faz a toda a gente, simplesmente fá-lo a si própria. Ela morre de uma forma e renasce, morre de uma forma e ressuscita. E a sua originalidade é resplandecente porque faz parte da vida eterna.
«É um processo simples para se descobrir a si próprio.
«Você não é o recipiente, mas sim o conteúdo.
«Descartar o recipiente e descobrir o conteúdo será todo o processo de iluminação.»
(In “TERAPIA, PSICOLOGIA E MEDITAÇÃO”, de OSHO, Pergaminho, pág. 15)

AS TRÊS GRANDES HIPÓTESES SOBRE A MORTE FÍSICA…

«Interpelado pelo problema da morte, pelo carácter inelutável da sua destruição física, o homem arquitectou três grandes séries de hipóteses:
«1) A morte assinala um fim total e categórico. A interrupção das funções vitais acarreta automaticamente a extinção dos processos mentais. O indivíduo é aniquilado. As moléculas do seu corpo decompõem-se, os seus átomos dispersam-se na natureza.
«É a posição materialista clássica, o “eu acredito naquilo que vejo”. O inconveniente de semelhante teoria (quando ela pretende erigir-se em sistema), é que eu nunca vejo a minha própria morte. Posso ver a morte dos outros, não a minha. Trata-se, pois, de um ponto de vista exterior, e não de uma experiência pessoal.
«Por outro lado, é peregrinamente paradoxal querer captar uma realidade definitiva, absoluta (morte = nada), mediante um espírito perecível, logo relativo e limitado. Cai-se num círculo vicioso do género: «é verdade que não há verdade».
«2) O homem possui uma alma individual imortal, que será punida ou recompensada em função das acções cometidas aquando da sua passagem terrestre. É, global e esquematicamente, o ponto de vista das três grandes tradições líbricas – judaísmo, cristianismo e islamismo.
«Esta posição levanta um certo número de problemas espinhosos e quase insolúveis: segundo que critérios serão julgadas as crianças falecidas em tenra idade? Como conciliar a ideia de um Deus de amor e de justiça com a implacável desgraça de todos os que nascem e vivem em condições de alienação desesperantes – deficiência física ou mental, miséria embrutecedora, meio pervertido, etc.? Se a misericórdia divina deve afinal de contas absolver-nos todos, de que serviria submeter-nos a tais provações, por que motivo nos infligiria tantos sofrimentos? Além disso, não é muito cabal imaginar a nossa sorte fixada para toda a eternidade a partir de uma encarnação única e tão breve.
«3) A terceira hipótese propõe, no que tange à nossa alma imortal, a perspectiva de uma viagem ilimitada no espaço e no tempo. Através de inúmeras formas e contextos, o princípio espiritual imperecível prossegue o seu périplo, de existência em existência, mudando de corpo e de vida um pouco à maneira de um actor que muda de papel, de traje e de cenário.
«Estamos perante uma visão essencialmente rítmica do Universo, correspondendo a sucessão dos períodos de encarnação e de morte a fases de actividade e de repouso, de modo equiparável à alternância da vigília e do sono, da inspiração e da expiração, da expansão e da contracção, ou, numa linguagem mais abstracta, da manifestação e da não-manifestação.»
(In “A REENCARNAÇÃO, O TANTRISMO, OS LOUCOS DE DEUS”, Oriente Secreto, Publicações Europa-América, págs. 8 e 9)

sábado, março 03, 2018

PERDOAR…

 «Perdoar não significa que terá de aceitar a pessoa na sua vida novamente. Significa que perdoou dentro de si o que lhe fizeram, para ficar bem, mas não tem necessariamente de desculpar a pessoa e trazê-la de volta para a sua vida. Desculpar quer dizer que o leitor está a tirar a culpa do outro que lhe fez mal, para que ele se sinta bem também. Nem sempre fará bem uma reaproximação. Se optar por aceitá-la e magoar-se novamente, mais uma vez será responsável por tal situação. Existem casos e casos: nalguns, podemos reaproximar-nos; noutros, é melhor afastar-nos. Desculpamos aqueles com quem teremos uma convivência futura ou com quem temos relacionamentos importantes – a isso chamamos reconciliação, onde existe perdão e desculpa.»
(In “HO’OPONOPONO, MINDFULNESS E REIKI”, de Juliana De’ Carli, 20/20 Editora-Nascente, pág. 64)

sexta-feira, março 02, 2018

HUMINT – A «inteligência» humana…


«A «inteligência» humana – HUMINT – tem estado entre nós desde o início. Os espiões são o cerne dos serviços de informação desde tempos imemoriais. Ao passo que a recolha de dados através da interceção de sinais de comunicação existe há pouco mais de um século; a obtenção de informação através de imagens aéreas há apenas cem anos; e os serviços de deteção eletrónicos há cerca de sete décadas, a «inteligência» humana – espiões e a espionagem – representa a mais antiga forma de aquisição de informações – assim como a mais numerosa. Da Suméria às primeiras páginas dos jornais do dia de amanhã, da guerra total ao roubo de segredos comerciais, existirão sempre espiões. Espiar representa confiar e trair, esperança e medo, amor e ódio. Espiar para recolher informações acerca do «outro» é algo eterno, desde sempre centrado em pessoas e personalidades. Por esse motivo, temos, entre outras, a espionagem familiar, a espionagem financeira e espionagem entre nações.

«Aquilo que um espião faz consiste, acima de tudo, em identificar “intenções” de um modo que métodos mecânicos dos serviços de informação frequentemente não conseguem fazer, dado que saber quais são os intentos do outro acaba por ser vital. Os serviços de informação foram sempre mais do que uma mera «contagem de feijões»: quantos tanques? Quantos terroristas? Um requisito fundamental, uma vez identificadas as capacidades de um adversário consistirá em saber «o que é que ele pretende fazer». Este requisito básico da «inteligência» nunca está fora de moda, pelo que um espião com capacidade de obtenção de dados, e que tenha sido recrutado por quaisquer meios, terá sempre a sua quota-parte no desempenho do fornecimento da resposta. Operacionais dispersos pelo mundo, até enquanto estas linha são lidas, tentam diariamente persuadir indivíduos com meios de acesso a informação para que se tornem traidores, usando para tal métodos tão velhos quanto o tempo para os encorajar ou coagir a fazê-lo.

«A «inteligência» humana é um campo muito vasto. É muito mais do que apenas espiões e fantasias de James Bond. Para começar, há muitas formas de HUMINT: desde interpelar desertores e refugiados até interrogar prisioneiros de guerra, passando por agentes em ação atrás das linhas inimigas e por requintadas e discretas trocas no tocante à política diplomática em festas e “cocktails”. Como o próprio nome indica, HUMINT significa lidar com a mais traiçoeira, falível e não confiável fonte de informação de todas: os seres humanos.»

(In “A HISTÓRIA DA ESPIONAGEM E O MUNDO DOS SERVIÇOS SECRETOS E DE INFORMAÇÃO”, de John Hughes-Wilson, Marcador, págs. 89 e 90)
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