terça-feira, fevereiro 27, 2018
«Na Igreja Católica, os serviços
de informação assentavam em quatro pilares fundamentais: o poder confessional;
o monopólio da literacia e do ensino; boas comunicações; a Inquisição. Os
terrores do Inferno e os poderes dos sacerdotes forçavam à obediência, e, mais
importante ainda, através do sacramento da penitência (confissão dos pecados),
encorajavam o fornecimento de informação oportuna acerca das intenções
temporais dos homens que podiam ser usadas em benefício da Santa Madre Igreja.
«O sacramento da confissão e
penitência baseava-se na simples teoria de que pecar – com exceção do pecado
mortal – podia ser perdoado se fosse confessado a um sacerdote ordenado. Isto
acabava por ser uma ferramenta deveras útil, tanto para recolha de informações
como para controlo social. Um confessor ouvia tudo e perdoava muito. Este
maravilhoso instrumento para se obter informação estava infiltrado na Igreja
desde o topo desta até às suas bases. A mantê-lo estava o risco da danação, e
assim, fosse por fé ou por superstição, milhões de pessoas, de camponeses a
príncipes, confiavam os seus mais íntimos segredos aos padres católicos um
pouco por toda a Europa. A confissão tornou-se num simples mas fabuloso sistema
de recolha de informação.
«Os padres deveriam manter em
segredo as revelações feitas no confessionário, mas o sistema tinha uma falha
inerente: os próprios padres tinham de se confessar. Assim , o conhecimento dos
pecados atravessava toda a hierarquia da Igreja até chegar a Roma. Isto não
deveria suceder, mas seria uma ingenuidade pretender que tal não acontecia.
Além disso, não se pode ignorar que, ante a própria natureza humana e a forma
como as organizações hierárquicas funcionam, os confessores bajulavam os
superiores, avisando-os de problemas iminentes ou de ideias heréticas.»
(In A HISTÓRIA DA ESPIONAGEM E O
MUNDO DOS SERVIÇOS SECRETOS E DE INFORMAÇÃO”, de John Hughes-Wilson, Marcador,
pág. 30)
APOFTEGMAS…
A “justiça” portuguesa tem, por vezes, comportamentos tão burlescos, que os homens e mulheres conscientes, sem outra
alternativa, apenas podem casquinar dos magistrados que a defendem na sua
pureza, assente, na visão destes, apenas na defesa da autonomia funcional do
Estado, consagrada na Lei.
- Victor Rosa de Freitas -
segunda-feira, fevereiro 26, 2018
MEDITANDO…
Todas as pessoas – TODAS, sem
exceção – são importantes…
Ricas ou pobres, sábias ou
ignorantes, escorreitas ou claudicantes, novas ou velhas…
Todas e cada uma são, no nosso
relacionamento com o “outro”, uma fonte de experiências para cada um de nós…
Não se trata de “experiências”
racionais, intelectuais…
Mas de “experiências” que, no seu
conjunto de “experiências individualizadas”, definem toda uma sinergia
experimental que define o nosso “ser”, pois atinge a nossa Alma…
Pois só com o “outro” podemos
encontrar o nosso “ser” mais profundo, a nossa Alma…
E, nessa busca, qualquer pessoa
que não seja (vista) como “importante”, não nos dará a lição de que
necessitamos…
O “sucesso” para a Eternidade não
nos “puxa” de cima…
O impulso evolucionário divino “empurra-nos”,
de baixo para cima…
E somos “orientados” através do
relacionamento com o ”outro”...
Tal “sucesso” para a Eternidade apenas
acontece quando as pessoas – TODAS as pessoas – nos LEVANTAM, nos erguem ao seu
encontro…
Por isso que, como nos advertia
Jesus, o Cristo, devemos “amar ao próximo como a nós mesmos”…
E isso só é viável se todas as
pessoas forem importantes…
Meditei e disse!
- Victor Rosa de Freitas –
domingo, fevereiro 25, 2018
RELAÇÃO COM O DINHEIRO E ESPIRITUALIDADE…
«No
que respeita ao dinheiro, não acredite que não o merece. Não é porque quer
desenvolver-se espiritualmente que terá de abrir mão dele, ou seja, que para
fazer evoluir o seu próprio espírito não possa ter dinheiro. A evolução
espiritual não é sinónimo de pobreza ou dos limites que a pobreza impõe.
Trata-se de um preconceito ligado a uma deformação do entendimento do que é o
dinheiro. O dinheiro nada mais é do que uma energia de troca que nos dá
possibilidades. E quanto mais o leitor merecer e fizer por merecer, mais irá
receber esta energia para trocar pelos seus desejos no mundo. De resto, é isto
que faz que uma pessoa com dinheiro tenha um brilho suplementar, pois sente-se
realizada ao conquistar os seus desejos e ao poder investir nos cursos que
quiser, em aulas de meditação, em limpezas energéticas e no cuidado do seu
corpo, o que a faz sentir-se poderosa.
«Se
deseja algo material, como uma viagem, precisará de dinheiro. Precisamos de
dinheiro para conquistar parte dos nossos desejos. O dinheiro traz-nos
independência e liberdade para realizar os nossos desejos e sonhos. Assim, o
dinheiro é um mérito e uma energia que flui na vida de cada um. Se alguém
aceita a pobreza, essa pessoa apresenta-se como vítima e opta por uma aceitação
dessa situação. Quantas pessoas que nascem
ricas perdem o dinheiro da família quando precisam de administrar os
negócios? E quantas nascem pobres, transformam as suas vidas e obtêm sucesso?
Isto mostra-nos que é preciso ter habilidade com o dinheiro. A questão é que,
para muitos, houve uma inversão de papéis: o dinheiro deixou de ser um meio e
tornou-se um fim em si mesmo. É importante encontrar um modo de o obter de
forma natural e de o gastar com mais produtividade e sabedoria.
«(…)
«O
dinheiro não combina com espiritualidade quando é adquirido de forma arrogante,
gananciosa, desrespeitosa, seja relativamente a outros seres humanos ou ao meio
ambiente. Se o leitor respeitar a si mesmo, o próximo, o meio ambiente, e
estiver a trabalhar num produto ou serviço que faz bem ao outro e não em algo
que é uma ilusão e que promete uma realidade distante, terá mais hipóteses de
viver a prosperidade espiritual (…).»
(In
“HO’OPONOPONO, MINDFULNESS E REIKI”, de Juliana De’ Carli, 20/20 Editora-Nascente,
págs. 46 a
48)
sábado, fevereiro 24, 2018
DA IGUALDADE POTENCIAL À DESIGUALDADE REAL...
Todos nós, seres humanos, somos
potencialmente iguais…
Todos nós somos similares
fisicamente…
Todos possuímos, em geral, sete
chakras, desde o da base, ou vermelho, ao do topo, ou violeta, passando pelos
intermédios, o laranja, o amarelo, o verde, o azul e o índigo…
Os primeiros quatro chakras são
comuns aos humanos e aos animais…
Os outros três têm que ver com a
mente – desenvolvida – e as realidades espirituais…
Se somos, assim, nós, os humanos,
potencialmente iguais, na realidade somos diferentes, e há uns que vivem de
modo “superior” a outros…
Os que vivem com o predomínio dos
três chakras superiores vivem acima dos outros que vivem com o predomínio dos
quatro inferiores…
Isto, a nível espiritual…
Mas há quem viva de modo
“superior” – com mais riqueza e poder – nesta MATRIX materialista, apesar de
neles predominarem os citados quatro chakras inferiores…
A “superioridade” material, nesta
MATRIX, não coincide com a superioridade espiritual…
A superioridade espiritual está
em sintonia com o impulso evolucionário divino, está de acordo com a Vontade
Divina…
Quem vive assim caminha para o
“sucesso” no Caminho da Eternidade…
A “superioridade" na MATRIX,
significa apenas sucesso mundano, fora do impulso evolucionário divino, fora do
Caminho do “sucesso” na Eternidade…
A MATRIX em que vivemos diz-nos
que apenas esta vida terrena conta…
A Realidade Espiritual, porém, é
que a Vida continua após a morte do corpo físico, pois a Alma é imortal, e vai
sempre evoluindo – e reencarnando – até atingir o Conhecimento que lhe permita
criar um corpo imortal, de ser um “Deus Individualizado”…
Ao atingir esta fase, o ser
humano – ou qualquer extraterrestre – terá a capacidade de criar Novos Mundos e
Novas Individualidades…
Em ciclos “ad aeternum”…
Para isso fomos Criados…
E você?...
Quer ter sucesso apenas nesta
MATRIX materialista, apenas nesta vida terrena, ou quer ter o “sucesso” no
Caminho da Eternidade, de ser um “Deus Individualizado”?...
Quer o Caminho dos primeiros
quatro chakras apenas, ou viver com o predomínio dos três chakras superiores?…
Quer ser apenas “materialista”, e
marcar passo no mundo mundano, ou quer viver de modo espiritualista e caminhar
resolutamente para ser um “Deus” criador de Mundos e de Novos Seres?...
Esta é a diferença entre a
“perdição” e a Salvação!
Esta é a diferença entre a
IGUALDADE POTENCIAL e a DESIGUALDADE REAL...
Já agora, pense nisso!
Disse!
- Victor Rosa de Freitas -
LAO TSE, CONFÚCIO OU OUTRA ESCOLHA?...
Lao Tse dizia: "Faço o bem a quem me faz bem e o bem a quem me faz mal, e assim pratico a bondade."
Confúcio, por seu lado, afirmava: "Faço bem a quem me faz bem e a justiça a quem me faz mal."
Qual a melhor escolha?...
Lao Tse, Confúcio ou outra?...
Deixo a pergunta no ar...
- Victor Rosa de Freitas -
quinta-feira, fevereiro 22, 2018
MEDITANDO…
Todos – bem… nem todos… - querem
o sucesso nesta vida terrena…
Poucos, porém, querem o “sucesso”
na Eternidade…
Pois é certo que a Vida continua
após a morte física…
E a Alma continua (sempre) a
evoluir…
Até conseguir criar o seu próprio
corpo imortal…
Até “vestir” o corpo de um “Deus
Individualizado”…
E criar novos Mundos e novas
individualidades – e seguindo-as, até se tornarem “Deuses Individualizados”…
Assim será o “sucesso” na
Eternidade…
Meditei e disse!
- Victor Rosa de Freitas –
terça-feira, fevereiro 20, 2018
sábado, fevereiro 17, 2018
MEDITANDO…
O Homem, ao procurar a CONSCIÊNCIA, orienta a sua vontade para tal fim…
A esta realidade chamava Nietzsche a “vontade de poder”, a “vontade de domínio”…
Mas esta “vontade de poder” - ou “vontade “domínio” -, neste autor, não se referia à vontade de dominar “o outro”, mas antes e outrossim, de transcender-se a si próprio, de chegar a ser o “Super-Homem”…
Intuitivamente, Nietzshe, apercebia-se do que seria o Homem Consciente…
Mas ficou-se, este pensador, por aqui – pela “vontade de poder” ou “vontade de domínio” – essenciais, embora, para o Caminho do Homem em direção à CONSCIÊNCIA…
Porém…
Faltou a Nietzsche a constatação do Espaço Infinito – ou Deus, o Verdadeiro – que, com a Sua Vontade, criou o Impulso Evolucionário na Sua Criação…
Ora, o Homem, para atingir a CONSCIÊNCIA, precisa, primeiro, de estar em sintonia com o Impulso Evolucionário Divino e, depois – ao atingir aquela mesma CONSCIÊNCIA -, transformar-se na própria Vontade Divina, sendo co-criador com Deus – e, assim, ultrapassar o intuído Super-Homem de Nietzsche…
Pois enquanto este Homem nietzschiano tem “vontade de poder” e “vontade de domínio” – de se ultrapassar, para ser o Super-Homem -, há que acrescentar que, para dominar as leis da Natureza, de modo mais completo do que afirma aquele autor, o Homem não se deve ficar por aqui, mas antes visar atingir a capacidade, não só de dominar, mas de CRIAR, como o DIVINO…
Ou seja: o Homem com (Plena) CONSCIÊNCIA atingirá o nível da “essência” de Deus, dominará as leis da Natureza e, assim, passará a ser Criador de novos Mundos e novas Individualidades, passará a ser um “Deus Individualizado”…
Nesta fase, a nível de CONSCIÊNCIA, o Homem será UM com Deus…
Meditei e disse!
- Victor Rosa de Freitas –
quinta-feira, fevereiro 15, 2018
REFLEXÕES…
Enquanto houver seres humanos a
dormir ao relento…
Enquanto houver os sem-abrigo e
seres humanos que não podem frequentar restaurantes…
Não se devia legislar sobre a
possibilidade de os donos de animais irem com estes a restaurantes – com exceção
dos cães-guia para cegos…
É uma questão de prioridades…
É uma questão de ética…
É uma questão de dignidade
humana…
Só deveria ser permitido ao dono
de um animal ir com este a um restaurante, se, com ele, aquele levasse um
sem-abrigo a jantar, por conta do dono do animal…
Permitir que o dono de um animal
vá com ele a um restaurante – excetuado o cão guia para cegos – é demasiado
elitista e chocante, num mundo cheio de sem-abrigo e de seres humanos que não
podem frequentar restaurantes, de seres humanos que passam fome…
E demasiado elitista porque uns
podem curtir os seus animais em todo o lado, quando outros há com lugares vulgares
que lhes são vedados…
É uma questão de dignidade…
De ética…
De vergonha, mesmo…
Tratemos bem os animais…
Mas a prioridade deve ser dada ao
bom tratamento dos humanos…
Porque quem trata bem os humanos,
trata bem os animais…
Mas a inversa nem sempre é
verdadeira…
Queres poder ir a um restaurante
com o teu animal?
Leva também um sem-abrigo a
jantar contigo, e por tua conta…
Assim deveria ser a legislação…
Disse!
- Victor Rosa de Freitas -
sexta-feira, fevereiro 09, 2018
NÃO À CASTIDADE, SIM À MEDITAÇÃO...
O Cardeal Patriarca de Lisboa - ver notícia AQUI - defende o que defende porque parte do pressuposto que a realização espiritual só se concretiza através da "castidade" - o sexo apenas para a procriação, e dentro do "sacramento" do casamento regular, entre os leigos, e absoluta abstinência no clero...
E isto porque - como, aliás, a maioria das "religiões" organizadas - assenta no pressuposto de que a "castidade" - ou abstenção sexual - vai permitir que a energia sexual (ou Kundalini) dirija a sua "força" para a "iluminação espiritual"...
O que não deixa de ser verdade...
Mas o Caminho dessa "iluminação" está errado...
Como diria OSHO, a realização espiritual "acontece - mais tarde ou mais cedo - através da meditação...
A meditação - ou observação das solicitações físicas, emocionais, sentimentais e mentais -, para quem a pratica - ao invés do atávico catolicismo -, é que determina como a pessoa se deve conduzir sexualmente, e não a castidade...
A meditação leva a que a atividade sexual seja temperada pela sabedoria do uso do corpo - designadamente do sexo - e levará quem a pratica a condutas de "prazer" em que a energia sexual é aproveitada espiritualmente...
Não! Não se está a dizer o mesmo que aquele clérigo...
É que este confunde a causa da economia sexual virada para o desenvolvimento espiritual - através da meditação -, com o efeito - a "promessa" ou o "dever" de castidade...
E não é a mesma coisa...
A castidade, sem mais, é uma violência física e espiritual, ao passo que a meditação é uma forma de libertação espiritual...
Disse!
- Victor Rosa de Freitas -
MEDITANDO...
Vivemos numa MATRIX em que o dinheiro compra tudo: saúde, bem-estar, justiça, educação, conforto... enfim: "liberdade"...
Mas como essa "liberdade" assenta em uns explorarem e/ou dominarem os outros, é debalde que a "justiça" combate a corrupção...
Não que não deva fazê-lo...
Mas é preciso não perder de vista que há necessidade de mudar de MATRIX...
Meditei e disse!
- Victor Rosa de Freitas -
terça-feira, fevereiro 06, 2018
HÁ QUE EQUILIBRAR O PODER INSTRUMENTAL E O DEVER PROCEDIMENTAL NO COMBATE AO CRIME…
Os comunistas querem usar o poder político para acabar com a exploração do homem pelo homem…
Porque se baseiam e põem a tónica num poder instrumental para tal fim – através de uma ditadura -, olvidam, obtendo o poder político, as regras procedimentais (democráticas), designadamente violando os direitos, liberdades e garantias fundamentais do Homem…
Assim parece – e tenho razões pessoais (e não só) para dizer que assim é – que o Ministério Público (MP) está a usar o seu poder de combate ao crime, designadamente a corrupção e crimes económicos e financeiros, de modo apenas instrumental…
E assim acontece porque o MP, no combate ao crime – e designadamente os referidos – vai violando sistematicamente as regras procedimentais (democráticas), com o uso de fugas de informação processuais e violações do segredo de justiça, e ainda com a violação de regras processuais relativas a prazos e regras constitucionais, designadamente a presunção de inocência dos arguidos, processo justo e com igualdade de armas, numa palavra, vai violando os seus direitos fundamentais de liberdade e de defesa…
O atual panorama da Justiça – e mormente a atuação do MP – exije do poder político uma atuação urgente no sentido de ser equilibrado o poder instrumental de combate ao crime – designadamente os crime de corrupção e económicos e financeiros – com o dever procedimental de respeito pelas regras constitucionais e legais (democráticas) relativas aos direitos fundamentais, mormente de defesa, dos arguidos…
Porque não se combate o crime de qualquer modo, mas apenas dentro das regras democráticas…
Pois o MP é apenas um instrumento de combate ao crime, e não pode pôr em causa a democracia…
E o que se diz do MP, dir-se-á igualmente de todo o sistema de justiça…
Defendamos, a bem da nossa segurança e bem estar, o combate ao crime…
Mas defendamos, também, a bem da nossa liberdade, a democracia…
Disse!
- Victor Rosa de Freitas -
segunda-feira, fevereiro 05, 2018
O VIÉS DO DIREITO “TORTO” E DO TORTO “DIREITO”…
É preciso ser um grande jurista para vender sentenças…
É preciso ser um grande jurista para se dar uma decisão jurídica no sentido que se quiser…
É preciso ser um grande jurista para fazer do Direito “Torto” e do Torto “Direito”…
Mas, para o fazer, é preciso ser, pelo menos moralmente, completamente corrupto…
Corrupto em relação à Lei e ao Direito…
E quem viola, conscientemente, em qualquer processo, o Direito, comete um crime…
Das duas uma:
- Ou há apenas a violação consciente do Direito, sem solicitação, promessa ou recebimento de qualquer vantagem patrimonial ou não patrimonial, e comete o crime de denegação de justiça e prevaricação, previsto e punido pelo artigo 369º do Código Penal, que reza assim:
"Artigo 369.º
Denegação de justiça e prevaricação
1 - O funcionário que, no âmbito de inquérito processual, processo jurisdicional, por contra-ordenação ou disciplinar, conscientemente e contra direito, promover ou não promover, conduzir, decidir ou não decidir, ou praticar acto no exercício de poderes decorrentes do cargo que exerce, é punido com pena de prisão até 2 anos ou com pena de multa até 120 dias.
2 - Se o facto for praticado com intenção de prejudicar ou beneficiar alguém, o funcionário é punido com pena de prisão até 5 anos.
3 - Se, no caso do n.º 2, resultar privação da liberdade de uma pessoa, o agente é punido com pena de prisão de 1 a 8 anos.
4 - Na pena prevista no número anterior incorre o funcionário que, sendo para tal competente, ordenar ou executar medida privativa da liberdade de forma ilegal, ou omitir ordená-la ou executá-la nos termos da lei.
5 - No caso referido no número anterior, se o facto for praticado com negligência grosseira, o agente é punido com pena de prisão até 2 anos ou com pena de multa."
Denegação de justiça e prevaricação
1 - O funcionário que, no âmbito de inquérito processual, processo jurisdicional, por contra-ordenação ou disciplinar, conscientemente e contra direito, promover ou não promover, conduzir, decidir ou não decidir, ou praticar acto no exercício de poderes decorrentes do cargo que exerce, é punido com pena de prisão até 2 anos ou com pena de multa até 120 dias.
2 - Se o facto for praticado com intenção de prejudicar ou beneficiar alguém, o funcionário é punido com pena de prisão até 5 anos.
3 - Se, no caso do n.º 2, resultar privação da liberdade de uma pessoa, o agente é punido com pena de prisão de 1 a 8 anos.
4 - Na pena prevista no número anterior incorre o funcionário que, sendo para tal competente, ordenar ou executar medida privativa da liberdade de forma ilegal, ou omitir ordená-la ou executá-la nos termos da lei.
5 - No caso referido no número anterior, se o facto for praticado com negligência grosseira, o agente é punido com pena de prisão até 2 anos ou com pena de multa."
- Ou viola o Direito conscientemente, com solicitação, promessa ou recebimento de qualquer vantagem patrimonial ou não patrimonial, e comete o crime de corrupção passiva…
Note-se que aqui, quem é corrupto moralmente, também é equiparado ao corrupto patrimonialmente…
Pois, a corrupção moral, mesmo com vista a benefícios não patrimoniais, também é punida pela (mesma) Lei…
Pois a Lei equipara o benefício meramente moral ao benefício patrimonial…
Com efeito, dispõe o artigo 373º do Código Penal:
"Artigo 373.º
Corrupção passiva
1 - O funcionário que por si, ou por interposta pessoa, com o seu consentimento ou ratificação, solicitar ou aceitar, para si ou para terceiro, vantagem patrimonial ou não patrimonial, ou a sua promessa, para a prática de um qualquer acto ou omissão contrários aos deveres do cargo, ainda que anteriores àquela solicitação ou aceitação, é punido com pena de prisão de um a oito anos.
2 - Se o acto ou omissão não forem contrários aos deveres do cargo e a vantagem não lhe for devida, o agente é punido com pena de prisão de um a cinco anos."
Corrupção passiva
1 - O funcionário que por si, ou por interposta pessoa, com o seu consentimento ou ratificação, solicitar ou aceitar, para si ou para terceiro, vantagem patrimonial ou não patrimonial, ou a sua promessa, para a prática de um qualquer acto ou omissão contrários aos deveres do cargo, ainda que anteriores àquela solicitação ou aceitação, é punido com pena de prisão de um a oito anos.
2 - Se o acto ou omissão não forem contrários aos deveres do cargo e a vantagem não lhe for devida, o agente é punido com pena de prisão de um a cinco anos."
Disse!
- Victor Rosa de Freitas -
domingo, fevereiro 04, 2018
O RACIOCÍNIO MOTIVADO…
«As pessoas tendem a ter um mau
comportamento epistémico quando participam na política. Apresentam elevados
níveis de tendenciosidade quando debatem ou participam na política. Isto pode
acontecer porque o cérebro humano foi mais concebido para vencer debates e
formar alianças do que para procurar a verdade.
«(…)
«O raciocínio de um vulcano [NOTA
MINHA: termo usado pelo autor do texto para designar tipo de pessoa que pensa
científica e racionalmente sobre política] sobre os dados torna-o mais propenso
a obter crenças verdadeiras e a rejeitar crenças falsas. Mas, para as pessoas
reais, o raciocínio pode ser epistemologicamente perigoso. Empenhamo-nos no
“raciocínio motivado” – tentamos alcançar convicções que maximizem bons
sentimentos e minimizem maus sentimentos. Preferimos acreditar nalgumas coisas
a acreditar noutras e os nossos cérebros tendem a convergir para as crenças que
preferimos ter.
«O psicólogo Drew Westen
desenvolveu uma das experiências recentes mais famosas sobre raciocínio
motivado. Os indivíduos da experiência de Westen eram republicanos e democratas
leais. Foi-lhes exibida uma declaração de uma celebridade, seguida de
informação que poderia fazer a celebridade parecer hipócrita. Depois
apresentou-se aos indivíduos uma «declaração ilibatória» (um teste tinha uma
citação de Walter Cronkite referindo que não voltaria a fazer trabalho
televisivo depois de se reformar, seguido de uma sequência de imagens a mostrar
que trabalhou depois de se ter reformado, com uma explicação a informar
tratar-se de um favor especial). Na experiência, as celebridades eram
identificáveis como republicanas ou democratas. Os indivíduos republicanos
concordavam fortemente que os democratas famosos se contradiziam a si próprios,
mas apenas concordavam debilmente que os republicanos o faziam. Da mesma forma,
os indivíduos democratas aceitavam facilmente declarações ilibatórias do
partido que apoiavam, mas não do outro. A ressonância magnética funcional
mostrou que os centros de prazer dos indivíduos eram activados quando
condenavam membros do outro partido e de novo quando negavam as provas contra
membros do seu próprio partido.»
(In “CONTRA A DEMOCRACIA”, de
Jason Brennan, Gradiva, págs. 61 e 62)
sábado, fevereiro 03, 2018
É CLARO QUE O MP TEM UMA "AGENDA POLÍTICA"...
Muitos dizem que o Ministério
Público (MP) tem uma "agenda política"...
Eu também o digo, mas por
razões diferentes...
Desde o ano de 2008 que a
"justiça", designadamente o Conselho Superior do Ministério Público
(CSMP) e o Supremo Tribunal Administrativo (STA) têm feito patifarias -
mormente violando a Constituição da República e a Lei, ou seja o princípio
constitucional "ne bis in idem" e o que a lei dispõe sobre a violação
do caso julgado (nulidade) - a um magistrado do MP (mais concretamente a minha
pessoa) -, como se alcança do texto do meu blogue
VICKBEST...
Aquelas patifarias do CSMP e
do STA demonstram bem a corrupção moral dos seus elementos...
E a "agenda
política" do MP consiste em trazer para a opinião pública casos altamente
mediáticos, para esconder dela este meu caso...
Confira, por favor, AQUI.
Disse!
- Victor Rosa de Freitas -
PENSAMENTOS SOLTOS…
Ele queria ser sábio…
Mas depressa percebeu que o que
ele sabia – ou poderia saber - era – e seria sempre - apenas uma gota do
infinito oceano do que é cognoscível…
Ele quis, então, adquirir
sabedoria…
E depressa percebeu que a sabedoria
era saber que “só sei que nada sei”, como já havia dito Sócrates, o grego
antigo…
Que fazer, então?, interrogou-se
ele…
E depressa percebeu que, partindo
da sua ignorância, tinha um campo infinito de coisas para conhecer…
Pois só pode aprender quem
reconhece, primeiro que tudo, a sua ignorância…
E, consciente da sua ignorância, voltou, de novo, a querer ser
sábio…
Disse!
- Victor Rosa de Freitas -
sexta-feira, fevereiro 02, 2018
O PADRINHO APOFÁTICO…
Normalmente, quando uma pessoa
tem um padrinho, tem um padrinho positivo, isto é, uma pessoa poderosa que a
protege…
Mas casos há em que uma pessoa, ao invés de um padrinho positivo, “arranja” um padrinho negativo, isto é, uma pessoa poderosa que a tenta destruir…
Mas casos há em que uma pessoa, ao invés de um padrinho positivo, “arranja” um padrinho negativo, isto é, uma pessoa poderosa que a tenta destruir…
Chama-se a esta última figura o
“padrinho apofático”…
Se, de facto, houvesse Justiça,
em todas as suas vertentes, económicas, sociais e humanas - e não apenas a baseada no poder judicial -,
não haveria necessidade de “padrinhos” para ninguém…
Nem “positivos”, nem “negativos”
– ou “apofáticos”, os segundos…
Mas, como as vertentes da Justiça
são muito incipientes, lá têm as pessoas “padrinhos positivos” e “padrinhos
negativos” – sendo estes últimos da classe a que pertence o “padrinho
apofático”…
E muitos não têm padrinhos de
nenhum tipo – são tratados com pura indiferença, ou desprezo, pela “justiça”,
em todas as suas vertentes…
A falta de CONSCIÊNCIA grassa,
ainda, na Humanidade!
Disse!
- Victor Rosa de Freitas –
quinta-feira, fevereiro 01, 2018
MEDITANDO…
TODOS – mas mesmo TODOS – querem aumentar os seus rendimentos…
Sejam ricos, pobres ou da classe média…
Todos e cada um estão à espera da “oportunidade” para o fazerem…
E, depois, a “justiça” quer combater a corrupção, o tráfico de influências e todos os demais crimes económicos e patrimoniais…
Ora, ora…
TODOS os que comentam, em geral, querem fazer crer que são honestos e que têm uma perspetiva de vida “fora” da ambição material…
O que é falso!....
Na MATRIX em que se vive, o quadro em que se movem as pessoas, em geral, é o do aumento – até ao infinito – dos seus rendimentos…
E “isto” só pode ser contrariado pelo aumento de CONSCIÊNCIA das pessoas…
E as pessoas, em geral, nem disto têm consciência…
A questão é, pois, política…
Há que mudar a MATRIX, ou nada feito…
Meditei e disse!
- Victor Rosa de Freitas -