sexta-feira, fevereiro 09, 2018

NÃO À CASTIDADE, SIM À MEDITAÇÃO...

O Cardeal Patriarca de Lisboa - ver notícia AQUI - defende o que defende porque parte do pressuposto que a realização espiritual só se concretiza através da "castidade" - o sexo apenas para a procriação, e dentro do "sacramento" do casamento regular, entre os leigos, e absoluta abstinência no clero...
E isto porque - como, aliás, a maioria das "religiões" organizadas - assenta no pressuposto de que a "castidade" - ou abstenção sexual - vai permitir que a energia sexual (ou Kundalini) dirija a sua "força" para a "iluminação espiritual"...
O que não deixa de ser verdade...
Mas o Caminho dessa "iluminação" está errado...
Como diria OSHO, a realização espiritual "acontece - mais tarde ou mais cedo - através da meditação...
A meditação - ou observação das solicitações físicas, emocionais, sentimentais e mentais -, para quem a pratica - ao invés do atávico catolicismo -, é que determina como a pessoa se deve conduzir sexualmente, e não a castidade...
A meditação leva a que a atividade sexual seja temperada pela sabedoria do uso do corpo - designadamente do sexo - e levará quem a pratica a condutas de "prazer" em que a energia sexual é aproveitada espiritualmente...
Não! Não se está a dizer o mesmo que aquele clérigo...
É que este confunde a causa da economia sexual virada para o desenvolvimento espiritual - através da meditação -, com o efeito - a "promessa" ou o "dever" de castidade...
E não é a mesma coisa...
A castidade, sem mais, é uma violência física e espiritual, ao passo que a meditação é uma forma de libertação espiritual...
Disse!
- Victor Rosa de Freitas -

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