sábado, março 17, 2018

OS DOIDOS DE DENTRO E DE FORA DO MANICÓMIO…


«Existe uma história sobre Khalil Gibran. Um dos seus amigos ficou doido. Ele não conseguia acreditar, o homem era tão inteligente e, apesar disso, tinham-no internado num manicómio! Gibran foi visitá-lo. Sentia-se muito triste e com muita pena dele. O amigo estava sentado num banco, à sombra de uma árvore, no jardim desse manicómio. Gibran abordou-o, e quis demonstrar-lhe a sua compaixão. O homem começou a rir-se.
«Gibran disse: “Bem, parece que realmente ficaste doido. Estou a demonstrar solidariedade, compaixão, a minha amizade, e tu estás a rir-te.”
«O homem respondeu: “Eu tenho de me rir, porque aquelas pessoas que são doidas não me conseguem convencer de que eu estou doido só por pertencerem à maioria. Aliás, desde que aqui cheguei que estou imensamente feliz, pois deixei o manicómio que se encontra no exterior. Aqui posso ser tão são quanto me apetecer. Ninguém interferirá. Não deverias ter pena de mim… na verdade, deveria ser eu a ter pena de ti. Que raio estás tu a fazer naquele enorme manicómio lá fora? Porque não vens para aqui viver comigo?”
«Khalil Gibran estava chocado, mas uma grande questão surgiu na sua mente. Talvez aquele homem estivesse certo.
«Para mim, não existe um talvez. O homem estava certo.»

(In “TERAPIA, PSICOLOGIA E MEDITAÇÃO”, de OSHO, Pergaminho, pág. 206)
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