OS DOIDOS DE DENTRO E DE FORA DO MANICÓMIO…
«Existe uma história sobre Khalil
Gibran. Um dos seus amigos ficou doido. Ele não conseguia acreditar, o homem
era tão inteligente e, apesar disso, tinham-no internado num manicómio! Gibran
foi visitá-lo. Sentia-se muito triste e com muita pena dele. O amigo estava
sentado num banco, à sombra de uma árvore, no jardim desse manicómio. Gibran
abordou-o, e quis demonstrar-lhe a sua compaixão. O homem começou a rir-se.
«Gibran disse: “Bem, parece que
realmente ficaste doido. Estou a demonstrar solidariedade, compaixão, a minha
amizade, e tu estás a rir-te.”
«O homem respondeu: “Eu tenho de
me rir, porque aquelas pessoas que são doidas não me conseguem convencer de que
eu estou doido só por pertencerem à maioria. Aliás, desde que aqui cheguei que
estou imensamente feliz, pois deixei o manicómio que se encontra no exterior.
Aqui posso ser tão são quanto me apetecer. Ninguém interferirá. Não deverias
ter pena de mim… na verdade, deveria ser eu a ter pena de ti. Que raio estás tu
a fazer naquele enorme manicómio lá fora? Porque não vens para aqui viver
comigo?”
«Khalil Gibran estava chocado,
mas uma grande questão surgiu na sua mente. Talvez aquele homem estivesse
certo.
«Para mim, não existe um talvez.
O homem estava certo.»
(In “TERAPIA, PSICOLOGIA E
MEDITAÇÃO”, de OSHO, Pergaminho, pág. 206)
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