quinta-feira, fevereiro 28, 2013

Processo Casa Pia: um julgamento de extraterrestres


Como vimos AQUI, Carlos Cruz (nem vale a pena referir outros arguidos, porque foi o referido quem deu a “cara” a tal processo) só pode ser um extraterrestre com a capacidade de se auto teletransportar invisível de um lado para outro, porque em todos os lugares em que esteve e em que praticou os “crimes” que lhe foram imputados – e que foram dados como provados – ninguém mais o “viu” a não ser as “vítimas” e dentro das casas dos locais da prática dos “crimes” ou fora destas mas sendo invisível para qualquer outra pessoa.
Mas tem mais: Carlos Cruz é ainda extraterrestre por outras razões:
- para combinar as suas práticas “criminosas” teria que contactar outros arguidos – designadamente Bibi – e/ou também “vítimas” suas (como Francisco Guerra);
- ora tais contactos foram por “outros meios” que não o contacto directo (não há nenhuma alegada prova disso) ou telefónico (resultou provado que dos cruzamentos de todas as chamadas telefónicas interceptadas ou detectadas nenhuma o foi com outros arguidos ou “vítimas” – o que foi considerado “não prova” pelo Ministério Público (!!!));
- assim sendo e como a única “prova” desses contactos (segundo a “ressonância” dos meritíssimos) só existiu nos próprios actos “criminosos” com as suas “vítimas”, ou, fora deles, por “outros meios” (os quais nunca foram, sequer, por quem quer que fosse, alegados),
- forçoso é concluir que tais contactos prévios aos “crimes” se davam por telepatia, capacidade apenas de extraterrestres.
E isto porque, como não ficou provado (nem por “ressonância”) que Carlos Cruz, as suas “vítimas” ou mesmo qualquer outro ser humano interveniente em tal “caso” tinham essa capacidade, impõe-se afirmar que não só Carlos Cruz como a suas “vítimas” são extraterrestres.
Axioma: o julgamento da Casa Pia foi feito, não a seres humanos, mas a extraterrestres, a quem foram dados nomes de seres humanos, designadamente o de Carlos Cruz, de outros arguidos e de “vítimas”.
A quem não gostar desta minha ironia sobre tal processo só lhe digo: se a Justiça não caísse em “fantochadas” incongruentes e se tivesse o mínimo de racionalidade aceitável para a generalidade dos seres humanos normais, não haveria, sobre ela, apreciações críticas como a presente, porque seria merecedora de respeito que, com a conduta tida, não merece. 
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