Processo Casa Pia: um julgamento de extraterrestres
Como vimos AQUI, Carlos Cruz (nem vale a pena referir outros arguidos, porque foi o referido quem
deu a “cara” a tal processo) só pode ser um extraterrestre com a capacidade de
se auto teletransportar invisível de um lado para outro, porque em todos os
lugares em que esteve e em que praticou os “crimes” que lhe foram imputados – e
que foram dados como provados – ninguém mais o “viu” a não ser as “vítimas” e dentro
das casas dos locais da prática dos “crimes” ou fora destas mas sendo invisível
para qualquer outra pessoa.
Mas tem mais: Carlos Cruz é ainda
extraterrestre por outras razões:
- para combinar as suas práticas “criminosas”
teria que contactar outros arguidos – designadamente Bibi – e/ou também
“vítimas” suas (como Francisco Guerra);
- ora tais contactos foram por “outros
meios” que não o contacto directo (não há nenhuma alegada prova disso) ou
telefónico (resultou provado que dos cruzamentos de todas as chamadas
telefónicas interceptadas ou detectadas nenhuma o foi com outros arguidos ou
“vítimas” – o que foi considerado “não prova” pelo Ministério Público (!!!));
- assim sendo e como a única
“prova” desses contactos (segundo a “ressonância” dos meritíssimos) só existiu
nos próprios actos “criminosos” com as suas “vítimas”, ou, fora deles, por “outros
meios” (os quais nunca foram, sequer, por quem quer que fosse, alegados),
- forçoso é concluir que tais
contactos prévios aos “crimes” se davam por telepatia, capacidade apenas de
extraterrestres.
E isto porque, como não ficou
provado (nem por “ressonância”) que Carlos Cruz, as suas “vítimas” ou mesmo
qualquer outro ser humano interveniente em tal “caso” tinham essa capacidade, impõe-se
afirmar que não só Carlos Cruz como a suas “vítimas” são extraterrestres.
Axioma: o julgamento da Casa Pia
foi feito, não a seres humanos, mas a extraterrestres, a quem foram dados nomes
de seres humanos, designadamente o de Carlos Cruz, de outros arguidos e de
“vítimas”.
A quem não gostar desta minha
ironia sobre tal processo só lhe digo: se a Justiça não caísse em “fantochadas”
incongruentes e se tivesse o mínimo de racionalidade aceitável para a
generalidade dos seres humanos normais, não haveria, sobre ela, apreciações
críticas como a presente, porque seria merecedora de respeito que, com a
conduta tida, não merece.
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