COMO SE “CONSTRÓI” UM MAGISTRADO…
Pega-se num recém-licenciado em
Direito…
Fazem-se-lhe umas provas sobre
leis…
Sendo admitido, entra na escola
de formação de magistrados – o CEJ -, onde lhe são dadas mais lições sobre leis,
substantivas e processuais…
Entretanto, o candidato a
magistrado é tratado por “Dr. para aqui”, “Dr. para acolá”, e é cercado e
tratado cheio de deferências e vénias – e não ganha nada mal…
Assim, o candidato, pelo mesmo
reflexo do cão de Pavlov, vai associando a “lei” e sua “defesa” ao conforto e
ao prazer de ser bem tratado por todos os que o rodeiam – “Dr. para aqui”, “Dr.
para acolá”, vénias e deferências…
O candidato torna-se um
“fundamentalista” defensor da lei…
Assim é “formatado” o magistrado…
Entretanto, no mundo real, as
pessoas em geral têm de tratar da sua “vidinha”, do emprego, da família, dos
filhos – e são “formatadas” na MATRIX do consumo, da “felicidade” associada a
“muito dinheiro”…
Como assim, estas vão violando a
lei e as normas jurídicas que, por todos os lados, as condicionam…
E o magistrado dá-lhes “caça”…
A “lei acima de tudo” – pouco
importando as razões que as levaram, em “formatação”, a violá-las…
Por isso que os magistrados, em
geral, são técnicos da lei que, em geral também, não percebem nada de Justiça –
praticam apenas, em geral, a “justiça”…
Nada de consciência – tudo apenas
condicionamento…
Assim se “constrói” um
magistrado…
(Usámos, neste texto, o
substantivo masculino/neutro “magistrado” para abranger os dois sexos,
masculino e feminino, pelo que ele se aplica a homens e mulheres – fica esta
nota para evitar “confusões”…)
Disse!
- Victor Rosa de Freitas -
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