SOBRE AS "PRESSÕES" SOBRE MAGISTRADOS

Muito se tem falado numa conversa – ou duas (certas) - entre os Procuradores que investigam o caso Freeport e um seu “colega” (entre aspas, porque se trata de indivíduo hierarquicamente superior àqueles), por iniciativa deste último.

O PGR afirma que não há pressões e que aqueles Procuradores/Investigadores podem fazer o seu trabalho com toda a isenção e serenidade e sem quaisquer pressões, mesmo da legítima hierarquia, mas, logo a seguir, diz o mesmo PGR, pela voz do Conselho Superior do Ministério Público, que abriu inquérito para tirar a questão das “pressões” em pratos limpos e apurar eventuais responsabilidades disciplinares.

O presidente do Sindicato afirma que houve pressões indevidas e pediu uma audiência ao senhor Presidente da República para lhas reportar.

Há teses e teses sobre esta questão, designadamente se os Magistrados podem ou não ser influenciados por “pressões” (pelo menos os corajosos e dignos do cargo que ocupam) ou se, no caso, se pode falar de verdadeiras pressões.

Uma coisa é certa: o dito Magistrado (hierarquicamente superior) aos Magistrados/Investigadores deixou bem clara uma posição de que o caso deve ser arquivado, com ou sem razão, não interessa.

O que interessa é se os Magistrados/Investigadores tomarem uma posição diferente e andarem com o caso para a frente (isto é, sem o arquivarem liminarmente, por prescrição do ilícito) podem ou não ser sujeitos a RETALIAÇÕES, designadamente, com incidência nas suas carreiras profissionais.

E, aqui, o meu testemunho inequívoco é só um: CLARO QUE PODEM, como se pode ler, designadamente AQUI, AQUI ou AQUI, ou ainda dando uma vista de olhos pelos arquivos deste blogue VICKBEST, em que é contada a história de um Magistrado (eu próprio) que os LOUCOS da PGR/CSMP procuram destruir a nível profissional apenas por ter tido a coragem de resistir a “pressões” e querer apenas defender a LEGALIDADE com base na sua AUTONOMIA LEGALMENTE CONSAGRADA (ainda), o que o SINDICATO e o seu PRESIDENTE ACTUAL bem conhecerão!

Já agora, pensem nisso!