O CASO MADDIE NÃO É SÓ UM CASO DE POLÍCIA...
Os pais de Maddie Mc Cann, constituídos arguidos em Portugal - ainda antes de regressarem ao seu país de origem, a Inglaterra, facto que leva a grandes especulações nos “media” e no POVO -, são de classe média-alta, bem relacionados em círculos de poder e politicamente, designadamente com o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, e lançaram uma campanha internacional para ser encontrada Madeleine, chegando, inclusivamente, a ser recebidos pelo Papa Bento XVI, no Vaticano, que abençoou uma foto da menina desaparecida.
Trata-se de uma família que se relaciona nos altos círculos do poder e influências.
Que, certamente – ao contrário da maioria dos magistrados portugueses – já ouviu falar (ou mais do que isso…) do Clube dos Trezentos, do Clube dos Bilderberg, da Trilateral, etc, etc., isto é, que sabem bem o que são as “conspirações” e planos dos “senhores do mundo” ou dos com eles relacionados.
A polícia – qualquer polícia que não apenas a portuguesa (em comunhão com a inglesa, neste caso) – não tem capacidades nem “informação” para deslindar este caso sozinha.
Claro que ela, polícia, não vai, nem pode, dar o braço a torcer e o que quer é “despachar” este caso e salvaguardar a sua reputação.
Pareceu-me ter ouvido, na intervenção do Director da PJ, no Programa “Prós e Contras”, na RTP1 de, 10.09.07, a propósito da análise e interpretação de elementos a cargo da perícia científica, uma subtil referência a “inteligência”.
Ora, na linguagem de qualquer pessoa minimamente informada, inteligência significa “serviços de informação”, “serviços secretos”.
Estou fortemente inclinado, na minha interpretação, corroborada por aquela referência que julgo ter ouvido do referido Director da PJ, que este caso da Maddie não é, de facto, só um caso de polícia, mas também um caso de “política”, na medida em que se equaciona a intervenção de elevados “poderes”.
Só os serviços de “inteligência” possuem informações – ou poderão possuir – que possam dar pistas sólidas para uma investigação policial consequente.
Só que há um problema: os serviços de informação e “inteligência”, designadamente aqueles que possuem ou possam possuir tais elementos, podem estar nas mãos e sob o controlo dos verdadeiros sequestradores ou seus senhores, o que me parece, nesta altura da investigação, o mais plausível.
Informações que podem estar “em segredo de Estado”.
Poderá haver – e haverá mesmo – muitos a pensar que estas afirmações são mera ficção.
Mas essa posição faz-me lembrar aquela história de um indivíduo que era “suspeito” de não ser muito honesto porque tinha um “casarão” – e ao POVO parecia evidente que, por isso, devia ser “investigado” -, quando toda a gente se esquecia de “olhar” para os prédios luxuosos de dezenas de andares que pululam em qualquer cidade grande no Mundo e ignorava quem eram os seus proprietários e sobre os quais não recaía qualquer “suspeição”.
Proprietários estes que apenas falavam – e punham a falar através dos seus poderes de comunicação social - do “casarão” do indivíduo “suspeito”.
A ver vamos.
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