quinta-feira, julho 26, 2007

A "DEMOCRACIA" E A «POLÍTICA» (O MEU TESTEMUNHO)




A palavra democracia tem a sua origem na Grécia Antiga (demo=povo e kracia=governo). Este sistema de governo foi desenvolvido em Atenas (uma das principais cidades da Grécia Antiga). Embora tenha sido o berço da democracia, nem todos podiam participar nesta cidade. Mulheres, estrangeiros, escravos e crianças não participavam das decisões políticas da cidade. Portanto, esta forma antiga de democracia era bem limitada.

Com efeito, a democracia ateniense privilegiava apenas os seus cidadãos (homens livres, nascidos em Atenas e maiores de idade) com o direito de participar activamente da Assembleia e também de fazer a magistratura. No caso dos estrangeiros, estes, além de não terem os mesmos direitos, eram obrigados a pagar impostos e prestar serviços militares.

E hoje? A Democracia é para todos? Os políticos, as constituições e as leis não se cansam de, demagogicamente, dizer que sim!

Mas se contarmos os excluídos socialmente (voluntária ou involuntariamente), veremos que nada disso é verdade.

A democracia moderna é apenas para aí para um décimo da população.

E esse décimo quer todo o poder e excluir os restantes.
Através de regras bem precisas.

Designadamente através do “terror”, com a aparência de defesa do “interesse público”.

Toda a “máquina” política funciona nesse único sentido.

Senão, vejamos o testemunho do meu “caso”:

Com os processos “terroristas” da PGR/Conselho Superior do Ministério Público, contra a minha pessoa, foi-me retirada a cidadania, pois estou impedido de exercer a magistratura. E mesmo a advocacia.

Já escrevi aos Presidentes da República (Sampaio e Cavaco), à AR e ao Ministro da Justiça a explicar esta pouca vergonha e a pedir a sua intervenção, mas estes “democratas” dizem que as instituições “democráticas” estão a funcionar “normalmente” e que a questão é para ser resolvida nos tribunais, invocando a “separação de poderes”.

Os tribunais já me deram razão, mas a PGR/CSMP, “terrorista”, continua a recorrer e a perseguir-me.

Dirão os leitores: mas isso não é mesmo do âmbito dos tribunais?!

Mas, pergunto eu: ENTÃO?!: não se preocupavam se as polícias vos assaltassem as casas e se vos violassem os filhos e as mulheres, só porque podiam sempre apresentar queixa ao ministério público, que os tribunais depois resolveriam a situação??!!
Claro que sim: as polícias devem garantir a segurança das pessoas e não atacarem-nas!
Se o fizessem, o caso seria não só obrigatoriamente apreciado nos tribunais, mas também nos demais órgãos e poderes políticos, para garantir que tal situação se não repetiria.
O mesmo se passa no meu caso: se a PGR/CSMP faz "terrorismo" processual contra a minha pessoa, os demais órgãos e poderes do Estado devem tomar providências!
Mas não as tomam!

Não será isto uma pouca vergonha?!

Que “democracia” é esta, realmente?

Que “representantes” políticos “democratas” são estes?

Mas, porque é que a PGR/CSMP me persegue?

Simplesmente porque, enquanto magistrado do ministério público, sempre fui bem visto e sempre tive o apreço do POVO (com excepção de um ou outro bandido!, mas, mesmo aqui, e por isso mesmo, a PGR/CSMP actuou contra mim, dando razão ao bandido!).

É que a PGR/CSMP acha que isso é muito poder para um cidadão de bem, fora das regras do “terror”.

Só os “terroristas” da PGR/CSMP são apoiados por esta porque esta é que é a sua política.

E os mesmos “terroristas” são bem controlados.

O POVO tem que os respeitar pelo “terror”, não pela boa administração da Justiça.
Mas ainda há magistrados "não terroristas" que vão lutando contra este estado das coisas.

Perante a indiferença dos “representantes” políticos, em nome da "separação de poderes".

Porque, todos eles defendem, magistrado que dá Justiça ao POVO, e não “terror”, deve ser abatido.

Esta é a dura realidade!
Felizmente que ainda há magistrados "não terroristas".
E a luta entre uns e outros continua.

O resto é só “política”!
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