domingo, julho 12, 2015

STOP...


«Stop à subserviência, aos brandos costumes como de costume. Stop ao fado, à angústia, à mágoa parada, a ficares sempre a meio da estrada. Stop ao medo, à fuga, à cobardia de defenderes o que tens e de não ires em busca do que queres ter: do que mereces ter. Stop.
«STOP: Se Tens Orgulho Parte. Se Tu Ousares Podes. Se Tens Olhos Pula. E salta, e grita, e exige em vez de pedires, e manda em vez de tentares, e faz em vez de sonhares. Deixa-te de desculpas, de evasões. Deixa-te de te deixares, deixa-te de te perderes na malha dos teus receios. Vai, faz.
«Não sejas mariquinhas, não sejas picuinhas, não sejas um merdinhas.
«Parte o que tiveres de partir, ousa o que tiveres de ousar, pula para onde tiveres de pular, Sê o que eles, os que te colocaram entre a espada de não seres e a parede de teres de ser, te obrigaram a ser: uma máquina de luta contra os filhos da puta, um senhor da guerra pela paz, da arma pelo abraço, da loucura pela ternura. Sê actos graves contra a gravidade da situação. Sê o anti-mercado, o anti-escravidão, o homem que não se verga no chão. É isso - seres o animal que vai ou a besta que fica - o que está na tua mão.»
(In "EU SOU DEUS", de Pedro Chagas Freitas, Chiado Editora, págs. 228 e 229)
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