quinta-feira, setembro 04, 2008

FALANDO DE MORTE, DEUS E LIBERDADE



Todos nós nascemos condenados à morte.

Mais tarde ou mais cedo, a morte acontece a qualquer um.

Seja por velhice, doença, acidente ou homicídio.

Qual o sentido da vida?, pergunta-se qualquer ser humano normal e minimamente racional.

Todos nós vivemos em teias inextrincáveis de relacionamentos familiares, de amigos, inimigos, sentimentais positivos (no amor) ou negativos (no ódio ou na vingança).

No trabalho, mais ou menos duro, para a grande maioria, ganhamos a vida com “o suor do rosto”, mas também nos afirmamos e à nossa criatividade. Só quem está numa situação de ócio puro pode dar valor a uma qualquer ocupação, que nos consome energias, que molda a nossa personalidade por a ela nos entregarmos, ainda que para ter como contrapartida parcos rendimentos para sobreviver, ou negócios chorudos que nos permitem um consumismo de bens para alimento da alma e satisfação dos desejos e instintos.

Mas qual o sentido da vida, para nós todos, seres humanos, se estamos condenados à morte?

O que argumentaria o leitor interessado, perante um interlocutor que lhe dissesse estar convicto de que o desafio da vida, para ele era, precisamente, destruir toda a Humanidade?

Qual seria a sua base filosófica de defesa desta vida passageira, no corredor da morte inevitável?

Se argumentasse com o “gozo” desta vida limitada seria acusado de “epicurista”, passível de argumentação crítica, mas dentro da normalidade das escolhas sociais e filosóficas.

Se o argumento fosse que a Verdade não interessa e que apenas vivemos porque existimos, seria acusado de “existencialista”, mas tolerado pela sua opção.

Mas se procurasse argumentar que há uma Transcendência que tudo criou e que tem um plano para todos nós de Salvação na vida depois da morte, seria acusado de “religioso” e estúpido e levaria logo com uma carrada de argumentos ateístas a demonstrar o absurdo de Deus.

A Humanidade, nos tempos hodiernos, parece uma manada de gado perdido à espera do abate por aqueles que adquiriram poder para os manipular e transformar a todos em escravos para satisfação dos seus desejos de uma vida epicurista.

Há que pôr um travão em tudo isto e afirmar a Liberdade.

Afirmar a Liberdade de o ser Humano se afirmar com Deus, dar um sentido à existência, procurar uma ética na Transcendência, negar, condenar e combater as “filosofias” de pretensa lógica científica, darwinista, ou que quer que seja que negue Deus e a Sua Vontade.

Porque sem esta Liberdade e luta por ela, o ser humano qualquer dia, perante aquele que diz que a Humanidade é para destruir, não terá um único argumento lógico e válido contra.

E sem argumentos, prática e vivências contra, acabarão, os seres humanos, por se destruirem todos uns aos outros, até ao extermínio do ÚLTIMO.

Já agora, pense nisso
!

1 Comments:

Blogger H. Sousa said...

«A Humanidade, nos tempos hodiernos, parece uma manada de gado perdido à espera do abate por aqueles que adquiriram poder para os manipular e transformar a todos em escravos para satisfação dos seus desejos de uma vida epicurista.»

Fantasticamente dito! Já foi copiada, com a devida vénia.

10:35 da manhã  

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