PORQUE É QUE HÁ ATEUS
Desde sempre que os homens, ao explorarem, com a mente e a consciência, o infinito, e nele viram o universo, as leis da natureza e a si próprios, se maravilharam e admitiram a existência do criador e aprenderam a orar a ele.
Mas, alguns desses mesmos homens, para continuarem a acreditar que tal criador existia, começaram a fazer-lhe pedidos para que as contrariedades da vida que enfrentavam melhorassem ou fossem, pelo menos, atenuadas.
Face ao silêncio daquele que primeiramente acreditaram ser o criador de tudo, inclusivamente do próprio homem, começaram a duvidar da sua (dele, criador) existência.
Não pensaram os homens que, se o criador atendesse às preces de cada um, deixariam os homens de ter liberdade, pois o mundo funcionaria, não com leis justas e isentas para todos, mas em função dos pedidos dirigidos pelos homens à divindade.
É que, como sempre, há homens que apenas acreditam naquilo que lhes é útil ou lhes serve imediatamente para alguma coisa. Se falha este objectivo, deitam tal coisa fora.
Não sendo a divindade criadora descartável, porque sempre presente, esquecem alguns homens a verdadeira utilidade, para cada um, em acreditar nela: é que ela está sempre presente para as suas orações, não para produzir milagres fora delas, mas sim no seu interior. Quando se reza ou ora à divindade, esta não altera o mundo exterior, mas o mundo interior de quem o faz, fortalecendo-o e dando-lhe forças para enfrentar qualquer contrariedade do mundo e da vida.
A oração reforça a liberdade de cada um, a sua afirmação no mundo, a sua capacidade de enfrentar todas as provas. É este o poder da oração e o benefício que deus dá a quem ora a ele.
Há ateus, simplesmente porque há homens que querem que deus faça “batota” por eles.
E, como a divindade não o faz por ninguém, tais homens afirmam a sua liberdade negando a divindade.
Há ateus, porque deus, na sua infinita sabedoria, quis que os homens o amassem e, para haver amor por parte dos homens, teria que lhes ser dada liberdade, pois o amor só em liberdade existe.
Liberdade para amar ou não o criador, liberdade, mesmo, para o negar.
Quem ama a deus com a sua liberdade tira benefícios para si próprio.
Quem não o faz, lá saberá o valor da sua força interior.
O mundo é injusto?
Pois não culpemos deus que nos deu liberdade para o governarmos.
Culpemo-nos antes a nós, homens, pelo mau uso que fazemos da liberdade que ele nos deu.
Tal é o preço que nós próprios pagamos pelo mau uso que fazemos da liberdade que o criador nos deu, a nós, homens.
Já agora, pense nisso!
Já agora, pense nisso!
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