sexta-feira, março 20, 2015

A ESTÁTUA DO CÃO RELIGIOSO...


«Existe uma estátua de um cão numa pequena estação na Suíça. O cão pertencia a um homem que costumava ir todas as manhãs para a cidade para trabalhar; ele vivia numa pequena aldeia. O cão costumava ir despedir-se dele todas as manhãs e, quando regressava à noite, o cão estava sentado na plataforma para lhe dar as boas-vindas.
«Um dia, porém, o homem partiu e nunca mais regressou. Teve um acidente e faleceu. Mas o cão esperou. O comboio chegou; o cão percorreu todas as carruagens, com os olhos lavados em lágrimas, procurando o dono. Os passageiros saíram todos, mas o cão não saía de lá. Esperou pelo comboio seguinte... talvez o homem tivesse perdido o comboio.
«O cão não comia nem bebia e ficou sentado no mesmo local durante sete dias. Ao início, o chefe da estação e os funcionários tentaram enxotá-lo, porém, a pouco e pouco sentiram que não estavam a proceder corretamente. Sempre com os olhos lavados em lágrimas, continuou a verificar cada comboio, todos os dias. Não passou um único comboio que ele não verificasse todas as carruagens. E, ao sétimo dia, cheio de fome - porque costumava comer acompanhado do dono -, morreu no mesmo local, à espera.
«Alguém pode dizer que este cão não era religioso? Ele sabia o que era o amor, mais do que alguns seres humanos. Ele sabia o que era a amizade e a dedicação. E a aldeia e o chefe da estação perceberam que tinham sido cruéis ao tentar enxotar o cão. Numa atitude de arrependimento, erigiram uma estátua ao cão, que continua à espera, de olhos fixos na mesma carruagem onde o dono costumava chegar.»
(In "Fala-nos do amor", de OSHO, Pergaminho, págs. 172 e 173)
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