quarta-feira, agosto 23, 2006

OS "CAPUTOS" EM GERAL

«Os “caputos”, em geral, têm maus instintos, maus fígados, vivem sem a busca da virtude e da excelência, mas tão-só e apenas para a sobrevivência.

Mesmo quando têm dinheiro e rendimentos suficientes, vivem apenas para comer, beber e fornicar e, o mais importante, para se vingarem dos seus inimigos.

Os “caputos”, em geral, não têm amigos. Estes serão apenas todos aqueles que têm algum “poder” ou “posição” e os que podem engrandecer o seu “ego” ou torná-los mais “importantes”.

Mas estes, porque “caputos” também, mais tarde ou mais cedo, irão fazer-lhes uma "injustiça".

E os primeiros lutarão toda a vida para se vingarem da afronta.
E toda a vida é vivida neste ciclo vicioso de injustiças e vinganças.

Será que os “caputos”, em geral, nasceram assim, isto é, são assim por natureza?

É óbvio que não!

Mas, como nasceram numa sociedade com esta “cultura”, a dos “caputos” em geral, dos adultos, injustiçados, “importantes”, bajuladores dos fortes e pisadores dos fracos, dos vingativos, dos copos e patuscadas e sempre a sonhar com outras identidade que não a de “caputo” em geral e a querer viver a vida de “outrem“, fora da sua terra e em grande, por isso que são educados para se tornarem “caputos” como os outros em geral.

Assim, normalmente nascem em berços pobres, procuram um “padrinho” e vá de fazer carreira de “caputo” em geral!

Portugal são os “caputos” em geral e os “caputos” em geral são Portugal.

Por isso Portugal não tem futuro.

Qualquer um, em Portugal, que não tenha a “cultura” dos “caputos” em geral, mais tarde ou mais cedo é cilindrado pela “cultura” destes.

Já o filósofo dizia: adaptação, é preciso adaptação!

Só há uma alternativa, em duas: ou nos adaptamos à “cultura” dos “caputos” em geral e vivemos mesquinhamente como eles, ou emigramos, se queremos ser gente.

Pois que a outra – não fazer uma coisa nem outra – não é alternativa digna.

É vegetar no meio dos “caputos” em geral.

No meio da injustiça, do compadrio utilitário, da vingança sem virtude, da mesquinhez da sobrevivência.

Diga-se, em abono da verdade, que há uma grande brecha no meio da “cultura” dos “caputos” em geral.

Provocada pelas mulheres.

Normalmente as mulheres portuguesas ainda põem travão a esta “cultura”: ensinam os homens a ser “educados”.

É só vê-los a dizerem “obrigada!” – em vez de obrigado -, tal como lhes ensinou a mulherzinha.

No fundo, no fundo, os “caputos” em geral são os “filintstones” da Europa.

“É a vida!” – como dizia o outro.

São os “caputos” em geral!, digo eu.»

(In, Diário de um Europeu nascido em África, Anónimo)

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