COMO ALGUMAS CENTENAS DE SERES DOMINAM A HUMANIDADE E COMO LUTAR CONTRA ISSO…
COMO ALGUMAS CENTENAS DE SERES DOMINAM A HUMANIDADE E COMO LUTAR CONTRA ISSO…
«Na sociedade do nosso tempo, onde a informação circula livremente e a liberdade individual atinge níveis impensáveis quando comparada com uns meros 500 anos atrás, poderá parecer impossível que um pequeno número de seres possa, de forma clandestina, controlar um planeta inteiro sem que os seus habitantes disso tenham consciência e sem que haja um módico de denúncia ou revolta contra a situação. Ora, na verdade, a situação não será assim tão impraticável. Temos um exemplo claro na actual Coreia do Norte. Durante muito tempo, os líderes autoritários sempre tiveram à sua disposição dois instrumentos fundamentais para dominar uma população – o medo e o controlo da informação (ignorância). Através destes dois mecanismos milenares é possível manter a população num estado de passividade e controlo durante longos períodos de tempo. Este medo, que durante muito tempo foi garantido pelo poder militar e pela religião, ainda hoje é utilizado por muitas ditaduras do nosso tempo. Contudo, pelo espantoso desenvolvimento e expansão da internet e das redes sociais, é cada vez mais difícil manter uma população inteira na ignorância, mesmo nas ditaduras mais ferozes que tentam controlar o fluxo de informação e denegrir as suas fontes. Mesmo assim, com excepção do estado paranóico da Coreia do Norte, é cada vez mais difícil estancar e suprimir o fluxo de informação – razão pela qual, nestas ditaduras, o recurso ao medo (da prisão, de um putativo «inimigo externo», de migrações descontroladas…) continua a ser o instrumento privilegiado de controlo da população.
«Contudo, durante as últimas gerações, um novo mecanismo de controlo emergiu paulatinamente no mundo ocidental – o do consumo e da dívida. Com o extraordinário desenvolvimento e disseminação da tecnologia e sociedade de consumo, foram criados mecanismos bancários de crédito que pura e simplesmente mantém refém desse sistema uma fatia cada vez maior da população que vive praticamente para consumir e pagar dívidas. E a situação chegou a um ponto tal que praticamente não se consegue sequer pensar numa forma alternativa de vida – vive-se para se trabalhar e trabalha-se para consumir e pagar os (múltiplos) créditos contraídos. É uma espécie de versão moderna da história do pau e da cenoura. Ora, curiosamente, este moderníssimo mecanismo de controlo é genericamente bem aceite por grande parte da população, mesmo aquela que vê a sua vida infernizada durante anos a fio, exactamente pelo efeito de sedução e prazer que o consumo exerce sobre si. Para poder fruir os benefícios (induzidos por um marketing inteligente e omnipresente), as pessoas aceitam viver uma existência totalmente enfeudada à vida material e sob um permanente jugo financeiro. Assim, nas sociedades ocidentais, o controlo através do medo e do bloqueio do fluxo de informação foi substituído pela estratégia da sedução pelo consumo que, na verdade, funciona muito melhor uma vez que são as próprias vítimas que aceitam e alinham entusiasticamente neste processo de auto-escravização.
«Ora, é exactamente este tipo de controlo que é buscado por essas hierarquias de poder que gerem clandestinamente as nossas vidas. O seu interesse último não é controlar cada passo da nossa existência, mas garantir que as suas estratégias de poder e domínio são aplicadas sem revoltas ou contestações. É evidente que o leitor poderá perguntar que razões estarão por trás deste esforço milenar de controlo por parte de certas elites. Numa célebre obra dos anos 60, “O Despertar dos Mágicos”, de Louis Pauwels e Jacques Bergier, discute-se, a um certo ponto, num curioso diálogo, sobre a natureza do mal. Um dos interlocutores surpreende o outro dizendo-lhe que existe, na verdade, dois tipos de mal – um que se escreve com minúscula e outro com maiúscula. O primeiro é aquele que é punido nos tribunais humanos e cai debaixo da alçada das leis do homem e da sociedade. Mas, o segundo, muitas vezes invisível e indetectável do exterior, será uma brutal perversão do espírito que consiste no prazer em privar os outros da sua liberdade e livre-arbítrio, mantendo-os eternamente reféns dessa vontade pervertida. É um estado de paranóia demencial e sadista que busca privar cada ser do valor mais fundamental da sua existência por simples prazer pessoal, através de quaisquer meios ao seu alcance, desde a sedução mais alienante até ao sofrimento mais pavoroso – meros elementos instrumentais para atingir aquele fim perverso e retorcido. Ora, esta paranóia que encontramos nos ditadores mais abomináveis do planeta mais não é do que um reflexo do que poderíamos designar de «Mal Cósmico», uma formatação da consciência que se deleita e compraz no domínio absoluto sobre o outro – não pelas eventuais vantagens materiais que daí poderiam advir, mas simplesmente pelo prazer perverso de dominar e controlar.
«E, como dissemos, no nosso planeta de livre-arbítrio, existem seres totalmente comprometidos com esta estrutura de consciência e cuja existência se foca exclusivamente no seu exercício. Estes seres, cujo controlo último emerge da Hierarquia das Trevas e dos Dragões, seus soberanos supremos, reflecte-se na sociedade terrena através das múltiplas estruturas de poder religioso, económico e político, geridas por humanos que mais não são do que meros títeres ou marionetas nas mãos dessa perversa legião da Sombra, sem disso minimamente o suspeitar.
«(…)
«Contudo, a maneira mais eficaz de cada um se libertar do controlo de Marduk sobre os seus espíritos é através de um processo de auto-educação que nos ajude a distanciarmo-nos de todo o tipo de ratoeiras que aumentam o medo e a desconfiança entre pessoas e nos ajude a focar em conceitos de paz, solidariedade, harmonia e altruísmo, afinal os valores do próprio espírito.
«Na verdade, num universo de livre-arbítrio como o nosso, todos os desafios presentes e futuros têm um propósito. São espelhos dos nossos próprios medos e fraquezas como indivíduos e como humanidade e entram na nossa existência para nos ensinar lições para que possamos crescer – são catalisadores da evolução.
«A necessidade de desenvolver a paciência para enfrentar adversidades, de criar um ambiente positivo nos nossos universos pessoais, de projectar pensamentos positivos sobre o nosso redor, de assumir o altruísmo e a compaixão como eixos da nossa vida são, na verdade, as melhores armas para lutar contra os tempos e ambientes sombrios que nos envolvem.
«Isto não significa que seja fácil mudar antigos padrões, crenças e paradigmas que não mais funcionam em nosso favor. Não devemos lutar contra eles como se fossem terríveis inimigos, mas tentar compreendê-los e transcendê-los, aceitando que desempenharam um papel importante no nosso despertar. Ao fazê-lo, crescemos, porque as energias positivas são contagiosas e espalham-se como fogo em palha seca.»
(In “ORIGENS”, de José Caldas, Publicações Maitreya, págs. 231 a 235 e 243 e 244)
- Victor Rosa de Freitas –
Benavente, 27.03.2020
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