ENTRE O COLAPSO GLOBAL - E EXISTENCIAL - E A ABUNDÂNCIA PERPÉTUA PARA TODOS…
«Quando pensamos na civilização e na sua curva ascendente, é importante olharmos também para civilizações anteriores e percebermos que uma das coisas que todas têm em comum – Império Romano, Bizantino, Maia, Asteca, entre outros – é que acabaram por colapsar. Hoje em dia, nenhum destes impérios existe sob a forma dos tempos áureos. Na verdade, o precedente é que as civilizações têm um ciclo de vida, que chegam ao fim porque os parâmetros segundo os quais foram construídas, e que contribuíram para o sucesso, se depararam com algo novo com o qual não souberam lidar, ou que revelou um aspeto autodestrutivo (antievolutivo) no próprio sistema, como o uso não renovável dos recursos do ambiente que rodeia a civilização em questão. Por isso, o precedente é que as civilizações colapsem.
«A grande diferença dos nossos dias é que, pela primeira vez na história, não temos civilizações locais. Temos uma civilização inter-relacionada a nível global. Portanto, o colapso seria uma catástrofe existencial.
«Ao longo da história, a agricultura desencadeou danos ambientais. Passámos por tempos em que o aumento do poder conduziu a guerras que geraram colapsos (na civilização, nas sociedades ou no sistema), ou situações em que a população esgotou os recursos de determinadas áreas. Mas nunca passámos por uma situação em que o colapso ambiental foi global, ou em que as guerras tiveram poder tecnológico suficiente em todas as fações para ameaçar verdadeiramente a existência da humanidade. Nunca tivemos a aptidão tecnológica para destruir de facto a capacidade de o planeta suster a existência humana. Também nunca tivemos a capacidade tecnológica para criar um mundo de abundância perpétua para todos, e é nessa encruzilhada que nos encontramos.»
(In “O PORTAL”, de Tom Cronin & Jacqui Fifer, Alma dos Livros, págs. 28 e 29)
- Victor Rosa de Freitas –
Benavente, 28.02.2020
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