Portugal colonizou em África, mas esta também colonizou Portugal
Desde o séc. XV que Portugal, com os Descobrimentos, colonizou vastas e variadas partes do Mundo, incluindo em África.
Com a ambição desmedida dos aventureiros e rapinadores, levavam estes também uma “palavra” dos seus amos e senhores, proto-justificativa da expansão: levar a fé no Cristianismo aos “gentios”.
È verdade que tudo isto aconteceu e que os “gentios” foram influenciados pelo paradigma cristão.
Mas os portugueses trouxeram também “elementos” e valores do paradigma africano, a sua cultura religiosa da tribo, da família e seus chefes, os valores dos espíritos dos ancestrais e da tradição de seguir a “vontade” dos ascendentes, tudo o que resultava nos reis, “chefes”, “seculos” e “sobas”, que se opunham, com armas desiguais, aos “chefes de posto” muito pouco cristãos dos portugueses.
Hoje, Portugal está cheio de “seculos” e “sobas” que contrariam a construção política do Estado de Direito “ocidental”, com violação da Constituição e das Leis, assentando arraiais em puros poderes de génese africana.
O nosso actual PGR, Pinto Monteiro, referia, há tempos, que o Ministério Público está (estava) cheio de Condes, Viscondes, Condessas e Duques.
Hoje, verificamos que o Ministério Público está com um “rei” e muitos “seculos” e “sobas” na sua Hierarquia, o que leva a que, muitas vezes, o Estado de Direito pareça uma miragem.
No aparelho de Estado português acontece genericamente a mesma coisa.
Portugal colonizou em África, é verdade!
Mas África também colonizou (e continua a colonizar) Portugal!
É só olhar (com olhos de “ver”) e constatar a realidade desta afirmação!
Já agora, pense nisso!
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