sexta-feira, maio 10, 2019

AS COBAIAS HUMANAS DA JUSTIÇA E DA “JUSTIÇA” - SEGUNDO O DR. FREITAS…

Quem tem PODER para manobrar a JUSTIÇA e a “justiça”, usa-as para fazer EXPERIÊNCIAS de “laboratório” com as COBAIAS humanas…
E melhor DOMINÁ-LAS…
Ou NÃO?...
A JUSTIÇA é ÍNTEGRA, LÓGICA, SÁBIA…
Vamos designá-la por um CÍRCULO…
JUSTIÇA = CÍRCULO…
Já a “justiça” é CORRUPTA, ILÓGICA, IGNORANTE…
Vamos designá-la por uma ELIPSE…
“Justiça” = ELIPSE…
Quando as pessoas ANSEIAM por JUSTIÇA e lhes é SERVIDA “justiça”…
E quando as diferenças entre UMA e “outra” se esbatem…
O que ACONTECE?...
Vejamos:
«Em 1927, Pavlov realizou uma experiência. Durante todo o tempo que durou a experiência, o investigador não tocou num único pelo do seu cão de laboratório, no entanto, quando a experiência terminou, o animal manifestava um grande desespero e apresentava sérios problemas comportamentais. Contudo, tudo começara de maneira bastante promissora: se Pavlov mostrasse ao cão uma projeção luminosa que representava um círculo, este obtinha comida. Se fosse projetada uma elipse, não havia nada. O cão facilmente reconheceu a diferença e, assim que o círculo aparecia, a sua expectativa era grande. Mas foi então que Pavlov dificultou as coisas: mostrou ao cão círculos e elipses cujas formas eram mais semelhantes entre si. O animal mal conseguia distingui-las: Devia alegrar-se? Ou não? Agora era o círculo? Ou era o outro? Onde está a comida? No final da experiência, o cão manifestava um desespero profundo.
«Pavlov testemunhava uma vez mais um mecanismo psíquico muito básico – contudo, ainda não sabia disso. À condição do cão atribuiu o termo «neurose experimental». A neurose era, na altura, um termo coletivo para todos os tipos de transtornos comportamentais, é isto é, para tudo o que, de alguma forma, é desesperante e causa uma expressão psíquica, apesar de não se saber de onde vem e o que é. Apesar de o conceito dizer tão pouco, parecemos não conseguir expurgá-lo do uso comum – e, por vezes, da linguagem dos próprios psicólogos. Continuo a receber pacientes a quem outros atribuíram o rótulo de neuróticos. Antes, a prática comum era: as pessoas eram loucas ou neuróticas – gaveta aberta, gaveta fechada, e pronto. Felizmente surgiu o interesse em ver as coisas de maneira mais exata.
«Tal interesse reabilitou o cão de Pavlov, em retrospetiva. O que deixara o animal tão desesperado?, inquiriram os cientistas, anos após a experiência. O fenómeno foi estudado à lupa. Hoje sabemos: o cérebro do animal estava num estado de total ambiguidade. Se Pavlov possuísse um tomógrafo de ressonância magnética, ele teria observado no cérebro do cão dois processos que eram incompatíveis. Hoje, a condição em que o animal se encontrava já foi examinada com muito mais cuidado. Recebeu um nome e um significado, e alguns até consideram ser uma das funções mais importantes da vida da nossa alma: se o que acontece no exterior é muito diferente do que esperamos, desejamos ou mesmo necessitamos no interior, a alma entra numa condição chamada «inconsistência».
«A nível neural, são ativados dois processos opostos. É melhor imaginar a inconsistência como uma fita elástica: o que queremos e precisamos para nos sentirmos bem vai numa direção; aquilo que realmente recebemos vai na outra. O que sentimos muito claramente é a tensão interna daí resultante. Dependendo da situação, esta tensão pode aparecer como ansiedade, saudade, raiva ou tristeza. Quanto maior a tensão, mais angustiante é essa condição para nós.
«Assim como os nossos corpos são constantemente desequilibrados pelas condições externas, e fazemos tudo o que podemos para restaurar a homeostase, a nossa alma trabalha a todo o momento para equilibrar a tensão. Ela busca a consistência, a que os psicólogos chamam o equilíbrio da alma. Como para o corpo, a ordem interior também é importante para a alma, é mesmo uma exigência do sistema. Somente quando o equilíbrio prevalecer nos sentiremos bem, estaremos em paz e saudáveis. Existem neurobiólogos e psicólogos que consideram a busca pela consistência uma das tarefas mais importantes da alma: a força mais poderosa que nos impulsiona na vida.»
(In “A Vida Secreta da Alma”, de Sabine Wery Limont, Pergaminho, págs. 69 e 70)
AGORA que sabe o que lhe causa a “confusão” e a “inconsistência” entre o CÍRCULO = JUSTIÇA e a ELIPSE = ”justiça”, o que PENSA?
Que tudo isto acontece por acaso ou que é INTENCIONAL?
Que quem tem o PODER sobre a JUSTIÇA e a “justiça” QUER – ou não – desestabilizar a ALMA de todos e cada um de nós para melhor nos DOMINAR?
Já agora, PENSE NISSO!
Disse!
- Victor Rosa de Freitas –

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