quinta-feira, dezembro 03, 2015

A QUESTÃO RELIGIOSA FUNDAMENTAL...


A meu ver, Deus, quando criou o Universo, fez leis muitos precisas que regem o mundo material e o mundo espiritual e, quando nós, Humanos, as violamos, pagamos as consequências, não por atuação casuística de Deus, mas por atuação das mesmas leis divinas, que são imutáveis...
Falta saber - e é esse o propósito das "religiões" -, se das leis divinas há recurso de apelação para Deus e, em caso afirmativo, quais as leis que regem tal recurso...
Parece-me que a resposta já foi dada por Jesus, o Cristo, nos seguintes termos:
«Se, portanto, quando fordes depor vossa oferenda no altar, vos lembrardes de que o vosso irmão tem qualquer coisa contra vós — deixai a vossa dádiva junto ao altar e ide, antes, reconciliar-vos com o vosso irmão; depois, então, voltai a oferecê-la.» ( Mateus, 5:23 e 24.)

Ou, segundo Allan Kardec:

«Quando diz: “Ide reconciliar-vos com o vosso irmão, antes de depordes a vossa oferenda no altar”, Jesus ensina que o sacrifício mais agradável ao Senhor é o que o homem faça do seu próprio ressentimento; que, antes de se apresentar para ser por Ele perdoado, precisa o homem haver perdoado e reparado o agravo que tenha feito a algum de seus irmãos. Só então a sua oferenda será bem-aceita, porque virá de um coração expungido de todo e qualquer pensamento mau. Ele materializou o preceito, porque os judeus ofereciam sacrifícios materiais; cumpria-lhe conformar suas palavras aos usos ainda em voga. O cristão não oferece dons materiais, pois que espiritualizou o sacrifício. Com isso, porém, o preceito ainda mais força ganha. Ele oferece sua alma a Deus e essa alma tem de ser purificada. "Entrando no templo do Senhor, deve ele deixar fora todo sentimento de ódio e de animosidade, todo mau pensamento contra seu irmão." Só então os anjos levarão sua prece aos pés do Eterno. Eis aí o que ensina Jesus por estas palavras: “Deixai a vossa oferenda junto do altar e ide primeiro reconciliar-vos com o vosso irmão, se quiserdes ser agradável ao Senhor.” (In "O Evangelho Segundo o Espiritismo", de Allan Kardec, Edição em PDF, págs. 143 e 144)
- Victor Rosa de Freitas -
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