sexta-feira, novembro 20, 2015

A JUSTIÇA E A MULHER DE CÉSAR...


«Antes de partir para o seu posto, [César] divorciou-se da sua terceira mulher Pompeia, por suspeita de adultério com Públio Clódio Pulcro; mas não deixou de apoiar a eleição de Clódio como tribuno para o ano 58 a. C. Recusou-se a apresentar queixa moral contra Clódio; quando lhe perguntaram a razão de se ter divorciado de Pompeia, ele respondeu: "Porque a minha mulher deve estar acima de suspeita".»
(Citação extraída de "BREVE HISTÓRIA DA CIVILIZAÇÃO", de Will Durant, Clube do Autor, pág. 154)
COMENTÁRIO:
Esta é a razão que muitos labregos - que se portam como o temeroso e putativo "corno" - desconhecem, quando citam, a torto e a direito, e por "dá cá aquela palha", o aforismo "À mulher de César não basta ser honesta, deve parecer honesta"...
Se todos os homens se portassem como César, poder-se-ia afirmar, sem grande margem de erro, que não restariam quase nenhuns casamentos - nem uniões de facto - no mundo...
E se magistrados que se prezam usassem menos tal "dito" - ou não o usassem de todo, já que a Justiça procura a verdade material -, a Justiça seria muito mais rigorosa e justa, o que, infelizmente, não acontece...
- Victor Rosa de Freitas -
on-line
Support independent publishing: buy this book on Lulu.