quinta-feira, janeiro 10, 2008

O MUNDO MÁGICO DAS CRIANÇAS

As crianças vivem num mundo distinto do dos adultos e que estes foram, com o tempo, “esquecendo”, embora a sua "marca" seja indelével: o MUNDO MÁGICO.

As crianças, na sua pureza, vêem o Mundo reactivo e dependente de si: se sou “boa” e me porto “bem”, o Mundo é “bom” para mim e faz-me as vontades; se sou “má” e me porto “mal”, o Mundo é “mau” para mim e contraria-me.

Continuemos a “ensinar” às crianças que o Pai Natal existe (que há sempre alguém que nos dá presentes), que existe uma fada madrinha “boa” (alguém que nos compreende e nos protege), mas também uma bruxa repelente que só quer o “mal” de todos (pois o mal existe no Mundo); continuemos a alimentar o Mundo Mágico das crianças, em que estas aprendem o “bem” e o “mal”. Pois quando forem adultas, e principalmente nas horas mais “difíceis”, poderão olhar para trás, para o seu mundo de crianças, o seu Mundo Mágico, e terão sempre um sorriso feliz recordando e vivenciando um Mundo que ainda lhes é querido.

As crianças, com o tempo, aprenderão a objectividade e crueza das “regras” do Mundo adulto.

Mas se tiverem uma boa base de formação num Mundo Mágico harmonioso – devidamente compensado com o “bem” e o “mal” – serão, amanhã, adultos equilibrados e de boa vontade.

Deixai que as crianças, com o tempo e no seu decurso natural, sublimem o seu Mundo Mágico, para entrarem no Mundo dos Adultos.

Tenho para mim que os adultos que maltratam crianças nunca foram verdadeiras crianças, nem viveram nem tiveram um Mundo Mágico harmonioso.

“Ensinar” às crianças como o Mundo dos Adultos funciona fora das “regras” do seu próprio desenvolvimento e do seu devido Mundo Mágico, é um crime contra elas, pois amanhã, quando forem adultos, faltar-lhes-á “aquele” Mundo Mágico, apenas delas, tão único e sempre indelével para lhes permitir serem, agora e adultos, os bons Mágicos do Mundo.

Defendamos o Mundo Mágico das crianças, para bem delas e para bem de todos nós, adultos.

É assim que vejo o Mundo Mágico das Crianças.

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