Os “pintelhos” na PGR/CSMP e a grande “pintelheira” que é portugal
Um ex-Ministro das Finanças, muito mediático nesta campanha pré(?)-eleitoral, afirmou, sobre questões económicas e financeiras, que os políticos e peritos só discutiam “pintelhos” (SIC).
A PGR/CSMP, para me perseguir e me expulsar da magistratura, baseia-se…em “pintelhos”.
Depois de me acusarem de ter dado, em 1993, um despacho “ilegal” para beneficiar um “amigo”, aplicaram-me a pena de “demissão”, em 2000, que veio a ser anulada pelo STA, em 2008, porque o despacho era LEGAL (disseram os Tribunais Criminais competentes) e não favorecera ninguém.
Perante este revés inesperado, e imediatamente a seguir, “agarraram” no mesmo processo disciplinar e, com base nos mesmos factos que determinaram a anulação da pena de “demissão”, aplicaram-me, a pena de “aposentação compulsiva” – note-se que qualquer destas penas expulsivas tem precisamente os mesmos requisitos e se falta um para uma, falta o mesmo para a outra.
E em que é que se basearam para aplicar a pena de “aposentação compulsiva”? Que eu havia dado “celeridade” à participação sobre que recaiu o meu despacho, violando, assim, o princípio da “igualdade”, porque não havia dado a mesma “celeridade” em situações idênticas. Não indicaram, porém, qualquer outra situação idêntica, mas referiram-se genericamente a outras participações mas a nenhuma idêntica, pela simples razão de que aquela que censuravam impunha despacho urgente e as outras – de referência – eram de rotina (aliás, houve uma outra parecida a que foi também dado despacho urgente e que foi considerado justificado).
Além do mais, pergunta-se: mesmo que assim fosse, resultou algum favorecimento para alguém ou prejuízo para quem quer que fosse?
NÃO!
ABSOLUTAMENTE NÃO!
Basearam-se em “pintelhos” para me aplicarem a segunda mais grave sanção disciplinar que um magistrado pode sofrer: a aposentação compulsiva.
Foi por mim invocada a violação do princípio ne bis in idem!
O que responderam a isso?
Que nunca poderia haver violação de tal princípio porque não houve duas punições, mas uma só, já que a pena de “demissão” foi anulada e, portanto só havia a pena de “aposentação compulsiva”.
Vejam a lata dos escroques!
Então, eu que havia estado afastado de funções durante cerca de seis anos, por execução da pena de “demissão”, só sofri uma pena, a de “aposentação compulsiva”?
E é com estes “pintelhos” que a PGR/CSMP me persegue ferozmente…
E de “pintelho” em “pintelho” é portugal que se afunda…
Digo mais: portugal transformou-se numa grande “pintelheira”!
Tem razão o ex-Ministro!
Mas não só nas questões económicas e financeiras.
Também na chamada de “justiça” é assim.
Dá que pensar!
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home