EM MEMÓRIA DE JESUS, O CRISTO - NO NATAL DE 2020...
JESUS, O CRISTO, UM ESPÍRITO SEM PRIVILÉGOS…
«(…) Sem dúvida, Jesus é atualmente o nosso Irmão Maior, a entidade mais sublime no governo do orbe terráqueo. É o Guia, que através do Código Moral do Evangelho, conduz o homem à Realidade Divina. Espírito indefinível para nós que mal iniciamos a jornada do bem, é o «Caminho, Verdade e Vida», porque viveu em si mesmo, durante o seu desenvolvimento consciencial, os mesmos equívocos, pecados, vícios, deslizes e paixões, que são próprios de toda a humanidade, ainda imatura. Em face do seu progresso espiritual alcançado através de incontáveis encarnações físicas, em orbes que já se transformaram em poeira cósmica, Jesus esquematizou o roteiro para a libertação da humanidade espiritual do planeta Terra, da qual ele é o titular, através do sublime Evangelho. Jesus nasceu, amadureceu e angelizou-se até atingir o magistério divino, defrontando e vencendo em si mesmo pecados, acertos, equívocos, glorificações e frustrações de todos os homens, ao mesmo tempo que cultivava e sublimava as virtudes latentes em seu espírito.
«Se a evolução de Jesus tivesse sido diferente dos demais espíritos e especificamente em «linha reta», desobrigado de quaisquer equívocos ou vacilações, é evidente que Deus teria privilegiado um espírito mais simpático com alguma faculdade incomum, virtude excelsa, graça prematura ou sabedoria inata, traindo uma censurável preferência egoística humana.
«Essa graça, ou mercê pessoal e divina exclusivamente a Jesus, então, desmentiria a tão propalada Justiça do Criador, que seria assim capaz de praticar atos tão discutíveis e censuráveis, como qualquer homem imperfeito. E o Divino Mestre também não seria o símbolo glorioso ou a matriz fiel da verdadeira conduta humana, mas indigno de ser o Guia da Humanidade em face da extravagância de querer ensinar aos seus alunos aquilo que ainda não aprendeu a viver, nem sofreu em si mesmo.
«Enquanto os demais filhos de Deus deveriam seguir pelas sendas tortuosas do sofrimento e das vicissitudes humanas, a fim de apurar a sua sensibilidade psíquica e lograr a metamorfose do futuro anjo, Jesus seria um privilegiado teledirigido por um «radar espiritual» capaz de guiá-lo tranquila e corretamente pelos labirintos educativos mais complexos e dolorosos da vida física. Jamais ele poderia depois distinguir o certo do errado, o autêntico do falso, o sadio do enfermiço, ou o bem do mal, sem participar dos problemas gravosos e atrozes de todos os homens. E Jesus nada mais seria do que um robô, ou fantoche movido pelos cordéis divinos, numa prematura e injustificável promoção sideral.
«Aliás, não há desdouro algum para Jesus ter evoluído sob o regime da mesma lei a que se sujeitam todos os demais espíritos. Mas é justamente o facto de ele ter alcançado o conhecimento e, também, a sublimação, através das incontáveis vidas físicas que o consagra digno de guiar e salvar a humanidade. A sua vida e paixão, martírio que terminou na cruz, é o esquema do verdadeiro comportamento que o homem deve adotar diante de todas as lutas, tragédias, explorações, pilhagem e ingratidões entre os seus próprios irmãos imaturos.»
(In “O EVANGELHO À LUZ DO COSMO" – Obra psicografada por Hercílio Maes -, de Ramatis, Editora do Conhecimento, págs. 85 e 86)
Benavente, 23.12.2020
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