sábado, setembro 29, 2018

BREVE COMENTÁRIO SOBRE UM LIVRO SOBRE FÍSICA TEÓRICA…

Há cerca de quinze dias que acabei de ler o livro “O UNIVERSO AO ALCANCE DA MÃO” – cuja capa publico de novo – e andei a “mastigá-lo”…
Trata-se, sem dúvida, do melhor livro sobre física teórica que encontrei e que li, destinado ao grande público – leia-se, leigos diletantes…
Há quem o considere uma obra-prima…
Discordo, pelas seguintes razões:
I – Aborda muito bem a lei da gravidade – ou gravitação – que Newton considerava ser uma “força” que atraía os corpos, mas que aquele matemático e cientista nunca explicou em que consistia – definiu e calculou os seus “efeitos”, mas não a definiu intrinsecamente…
Tal teoria tem os seus “handicaps”, designadamente por “errar” quanto à trajetória do planeta Mercúrio…
Tal “erro” apenas foi colmatado por Einstein, ao afirmar que a gravidade não é uma “força”, mas uma curvatura do espaço-tempo provocada pelos mesmos corpos…
Para tanto, é dado o exemplo de uma esfera que, sobre a superfície de uma borracha, a deforma, causando-lhe sulcos…
Porém – digo eu -, este exemplo é, mesmo, caricato, pois a esfera, para causar sulcos na superfície da borracha, precisava de ter “peso”, isto é, precisava de estar sob a ação da lei da gravidade…
Ou seja, a “gravidade” é explicada… pela “gravidade” – salvaguardando sempre a curvatura do espaço-tempo…
Depois, a esfera do exemplo não provoca “sulcos” no espaço-tempo, mas sim efeitos de “túnel” – tendo em atenção o movimento da esfera -, uma vez que é cercada por todos os lados pelo mesmo espaço-tempo…
Pois – usando apenas da lógica e dos conhecimentos transmitidos pelo livro – eu afirmo que a gravidade é uma “força” que leva os corpos a curvarem o espaço-tempo…
E esta “força” é “quântica”…
Por isso que a teoria de Einstein não é compatível com a “física quântica” – como diz o autor do livro…
II – O autor do livro leva-nos a uma teoria sobre os buracos negros – que ninguém sabe, afinal, o que são – mas que, a meu ver, está cheia de “disparates”…
Quanto a mim, os buracos negros não são originados por corpos de enormíssima densidade…
São, antes, “vazios quânticos”…
São uma “ligação” entre o tecido do espaço-tempo e o infinito campo quântico – aquele que contém as infinitas potencialidades, probabilidades e possibilidades não colapsadas…
Daí o engolir tudo o que tem “massa” e expelir partículas sem ela…
III – a) O autor leva o leitor a uma “viagem” no tempo, para trás, até antes do Big Bang…
E interroga-se sobre o que existia antes dele…
Energia? – questiona-se…
A meu ver, existia apenas – perdoem repetir-me – apenas o infinito campo quântico – aquele que contém as infinitas potencialidades, probabilidades e possibilidades, mas ainda não colapsadas…
Potencialidade, probabilidades e possibilidades essas que foram colapsadas – seletivamente – pelo mesmo infinito campo quântico, com a criação do Big Bang e, depois, de toda a criação…
(Para tanto, concluo eu, o infinito campo quântico tem de ser CONSCIENTE…)…
b) – Depois, é afirmado no livro, que, antes do Big Bang, não havia espaço nem tempo…
Ora, nós todos – com um pouco de imaginação, seja dito – “sabemos” e constatamos que existe o ESPAÇO INFINITO…
Pois este não tem princípio nem fim, não começa nem acaba…
Ora – logicamente – o que não tem princípio nem fim, nem começa nem acaba, é ETERNO…
Existe desde sempre…
Desde antes, pois, do Big Bang…
Só que, antes deste, o espaço não estava “definido”…
Para o espaço infinito se “definir” é preciso que haja um qualquer ponto – um qualquer ponto Euclidiano – no “meio” dele, a partir do qual se estendem infinitamente as distâncias em todas as direções…
Assim, com o Big Bang o espaço infinito DEFINIU-SE…
Quanto ao TEMPO:
Para que haja tempo, é necessário que haja, pelo menos, dois pontos – quaisquer dois pontos Euclidianos – em movimento…
Por isso que com o Big Bang apareceu o espaço-tempo, tão bem definido por Einstein…
Ou seja: com o Big Bang o ESPAÇO INFINITO DEFINIU-SE e MANIFESTOU-SE…
Disse!
- Victor Rosa de Freitas –


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