sábado, julho 21, 2018

UNINDO A MENTE RACIONAL COM O CORAÇÃO RELACIONAL…

«Aquilo a que Ruth chamava bússola do coração é, na verdade, uma forma de comunicação que existe entre o cérebro e o coração, através do nervo vago. O que a investigação demonstra é que o coração envia muitos mais sinais ao cérebro do que, inversamente, este ao coração – e embora tanto o sistema emocional como o cognitivo sejam inteligentes, há bastantes mais conexões neurais que partem do coração para o cérebro do que o contrário. Tanto os pensamentos como os sentimentos são poderosos, mas uma emoção forte é capaz de silenciar um pensamento, ao passo que este dificilmente conseguirá sobrepor-se a uma emoção forte. Na verdade, são as emoções mais fortes que desencadeiam em nós pensamentos insistentes e incessantes. Separamos a mente, racional, do coração, relacional, mas no fundo ambos fazem parte de uma inteligência unificada. A rede neural em volta do coração é uma parte essencial do nosso pensamento e do nosso raciocínio. A felicidade individual e o bem-estar coletivo dependem da integração e colaboração do coração e da mente. A formação que Ruth me deu ajudava-me a integrar ambos os cérebros no meu corpo, o cérebro-mente e o cérebro-coração, mas durante décadas ignorei a inteligência do meu coração. Pensei que poderia usar o meu cérebro para me libertar da pobreza, me conduzir ao sucesso e me valorizar, mas na realidade foi o coração que me deu a verdadeira riqueza.
«O cérebro sabe muito, mas sabe muito mais quando se junta com o coração.
«O “mindfulness” e a visualização, os nomes que atualmente se usam para o que Ruth me ensinou, são técnicas maravilhosas para se alcançar a serenidade, eliminar as distrações e viajar interiormente. Podem aumentar a capacidade de concentração e ajudar-nos a tomar decisões mais rapidamente, mas sem sabedoria e visão (abrir o coração) as técnicas podem resultar em auto-absorção, narcisismo e isolamento. A nossa viagem não tem de ser apenas para o interior. Pode ser também uma viagem de ligações com o exterior. Quando fazemos uma viagem interior e o nosso coração se abre, ligamo-nos com ele, o que nos compelirá a sair e a ligar-nos aos outros. É uma viagem de transcendência, não de auto-reflexão. Há uma razão para os corretores de ações usarem técnicas de meditação. É que essas técnicas não só os ajudam a ter uma maior capacidade de concentração, como também, em alguns casos, a serem mais insensíveis. Foi disto que Ruth me avisou, antes de me ensinar a visualizar. Sim, podemos criar tudo o que quisermos, mas é apenas a inteligência do coração que nos pode dizer o que vale a pena criar.
«(…)
«Ruth ensinou-me técnicas e práticas, mas ao despender o seu tempo e atenção para me ensinar, deu-me a conhecer a maior e mais importante magia que existe: o poder da compaixão, não só para curar cada uma das feridas do nosso coração, mas também o coração dos que nos rodeiam.
«É a maior dádiva e a maior magia.»
(In “DENTRO DA LOJA MÁGICA”, de Dr. James R. Doty, Lua de Papel, págs. 196 a 198)

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