quarta-feira, julho 04, 2018

VIVEMOS PARA O CORPO, A MENTE E A ALMA…

«Vivemos por três motivos: vivemos para o corpo, vivemos para a mente, vivemos para a alma. Nenhum é mais sagrado do que o outro; todos são igualmente desejáveis e nenhum dos três – corpo, mente ou alma – pode viver totalmente se um dos outros for privado de vida e da sua forma de expressão. Não está certo nem é digno viver apenas para a alma e negar a mente ou o corpo e não está certo viver só para a razão e negar o corpo e a alma.
«Todos conhecemos já as terríveis consequências de se viver para o corpo e negar a mente e a alma, e sabemos que a verdadeira vida significa a expressão total de tudo o que uma pessoa pode realizar através do corpo, da mente e da alma. Por mais que se diga o contrário, ninguém consegue ser realmente feliz ou sentir-se realmente satisfeito, se o seu corpo não viver completamente cada uma das suas funções e se o mesmo acontecer com a sua mente e a sua alma. Sempre que há uma possibilidade que não se consegue manifestar, ou uma função que não se consegue concretizar, há um desejo por satisfazer. O desejo é a possibilidade à procura da sua manifestação ou a função à procura da sua concretização.
«Ninguém pode viver plenamente o corpo sem boa comida, o conforto do vestuário e o aconchego de um abrigo, e se estiver sujeito ao trabalho duro. O descanso e o lazer também são necessários para a vida do corpo.
«Ninguém pode viver totalmente a mente sem livros e sem tempo para os estudar, sem a oportunidade de viajar e de observar, nem sem o convívio intelectual.
«Para viver plenamente a mente, precisamos de distrações intelectuais e devemos rodear-nos de todos os objetos de arte e beleza que formos capazes de usar e apreciar.
«Para viver totalmente a alma, é preciso ter amor, e a pobreza impossibilita a expressão plena do amor.
«A maior felicidade que podemos ter está em distribuir benefícios àqueles que amamos; o amor encontra a sua expressão mais natural e espontânea em dar. O indivíduo que não tem nada para dar não pode preencher o seu lugar de cônjuge ou pai, cidadão ou ser humano. É utilizando as coisas materiais que se descobre uma vida plena para o corpo, que se desenvolve a mente e se permite o desabrochar da alma. É por isso extremamente importante que cada indivíduo seja rico.
«Não há nada de errado em querer ser-se rico. Qualquer homem ou mulher normal deseja ser rico. É perfeitamente aceitável dedicar toda a atenção à ciência de se ficar rico, pois é o mais honroso e o mais necessário dos saberes. Se negligenciar esta aprendizagem, estará a sabotar o dever face a si próprio, face a Deus e à humanidade, porque não pode prestar melhor serviço a Deus e à humanidade do que tirar o máximo de partido de si próprio.»
(In “A CIÊNCIA de FICAR RICO”, de Wallace D. Wattles, Lua de Papel, págs. 11 a 13)



on-line
Support independent publishing: buy this book on Lulu.