quarta-feira, dezembro 19, 2018

QUANDO A MAIORIA DOS MÉDICOS - FORA DE FUNÇÕES - TEM MEDO DA QUIMIOTERAPIA E RADIOTERAPIA…

«Março de 2011. Acabei de fazer vinte e oito e estou de volta à Austrália depois de cinco anos em Londres. A conversa, a mesma que irei ter uma e outra vez, é qualquer coisa como isto:
«” – O que é que fazes de volta a Perth?
«” – A minha mãe teve um susto de saúde - digo eu, paralisada.
«”Depois, retirando a pessoa desta angústia, acrescento: - Acabámos de descobrir que tem um cancro no útero e nos ovários.
«” – Está a fazer quimio? – perguntam, com a esperança a crescer na voz.
«” – Não, ela não vai mesmo fazer quimio.
«”Pausa.
«” – Uau, ela é valente – dizem eles. Mas o que estão a pensar é: “Ela é doida”.
«Parece que a única coisa mais chocante do que contar a alguém que a minha mãe tem cancro é revelar que ela não vai fazer quimioterapia. No entanto, pergunte a um grupo de oncologistas (médicos que se especializam no tratamento do cancro) o que faziam se lhes fosse feito o diagnóstico e a sua resposta pode surpreendê-lo. Em 1986, num inquérito conduzido pelo McGill Cancer Centre do Canadá, entre 79 médicos, 64 (são 81%) disseram no questionário confidencial que não se submeteriam a um medicamento comum de quimioterapia, a cisplatina, e 58 desses 79 achavam que todas as terapias propostas não eram aceitáveis para eles ou para os seus familiares. Porquê? Muitos achavam que os medicamentos de quimioterapia eram ineficazes e traziam um grau inaceitável de toxicidade. Uma sondagem mais recente do “Los Angeles Times” chegou a uma conclusão semelhante. Nesse inquérito, 75% dos oncologistas afirmaram que a quimioterapia e a radiação eram inaceitáveis como tratamento para eles próprios e para os seus familiares.
«Esta falta de fé nos medicamentos oncológicos está espelhada noutro lugar: Phillip Day, um investigador de saúde a trabalhar no Reino Unido e autor de “Cancer: why we’re still dying to know the truth”, fala regularmente com oncologistas de todo o mundo e a maioria deles admite que não faria o seu próprio tratamento. “São bastante francos em relação a isto”, afirma Day.
«No momento em quem escrevo, sei de dois oncologistas australianos com cancro na próstata, e ambos estão a ser tratados exclusivamente por um médico holístico. Imagine se os seus pacientes soubessem! Como é que os médicos podem recomendar uma terapia que eles próprios recusariam? A resposta é simples. Ao proporem aos pacientes que saiam da caixa e experimentem tratamentos alternativos para o cancro, os oncologistas arriscam-se a perder as suas licenças para exercer o seu sustento. “Hoje em dia, na Austrália e no Estados Unidos, os médicos podem ser expulsos e mandados para a prisão por ‘prejudicar o direito à vida dos seus pacientes’ se recorrerem a alterações na alimentação e no estilo de vida, e não à quimioterapia, para tratar o cancro”, afirma Day. Mas como pacientes do cancro, aí já têm muito a perder. A sua vida está em jogo.»
(In “a mãe NÃO vai fazer quimio”, de Laura Bond, Pergaminho, págs. 21 e 22)

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