A “EMBRIAGUÊS” POR FALTA DE SONO…

«Num estudo perturbador (…), investigadores australianos pegaram em dois grupos de adultos saudáveis; numa noite, um dos grupos embebedou-se até à taxa de alcoolemia legal para conduzir (,08% de álcool no sangue), o outro grupo foi privado de sono durante uma única noite. Ambos os grupos fizeram um teste de concentração para avaliar o desempenho da atenção, especificamente quantos episódios de lapsos de sono apresentavam. Depois de estarem acordados durante 19 horas, as pessoas que estavam em privação de sono apresentavam um enfraquecimento cognitivo igual àqueles que estavam legalmente embriagados. Dito de outra forma, se acordar às sete da manhã, continuar acordado durante o dia, depois sair para conviver com os seus amigos até tarde, mas não beber quaisquer bebidas alcoólicas, quando for a conduzir para casa às duas da manhã está cognitivamente tão enfraquecido na sua capacidade de ter atenção à estrada e o que a rodeia como se estivesse legalmente embriagado. Na verdade, os participantes do estudo em questão começaram a perder as suas capacidades depois de 15 horas de estarem acordados (por volta das dez da noite no caso mencionado).»

(In “Porque dormimos?”, de Matthew Walker, Desassossego, pág. 156)