domingo, janeiro 20, 2019

FÍSICA TEÓRICA - TIPOS DE PARTÍCULAS NO UNIVERSO…

«As partículas existentes no universo podem ser divididas em dois tipos: “fermiões” e “bosões”. Regra geral, as partículas que constituem a matéria são maioritariamente fermiões, e as partículas que conduzem as forças da natureza são maioritariamente bosões. Os fermiões incluem os componentes dos átomos, como os eletrões, protões e neutrões. Tal como vimos quando falámos das anãs brancas e das estrelas de neutrões, estas partículas possuem uma propriedade quântica bizarra que deriva do princípio da exclusão de Pauli: Dois fermiões não podem ocupar o mesmo estado físico. Quando comprimidos no mesmo espaço, afastam-se uns dos outros devido à pressão quântica. (…). Ao contrário dos fermiões, os bosões não obedecem ao princípio da exclusão de Pauli e podem ser comprimidos à vontade. Um exemplo de um bosão é o fotão, o portador da força eletromagnética.
«(…). A equação de Dirac contém uma panóplia de conhecimentos e informações sobre o mundo natural e as suas partículas fundamentais. Para sua surpresa, a equação dele também previa a existência de antipartículas. Uma antipartícula possui a mesma massa mas a carga oposta da partícula correspondente. A antipartícula de um eletrão chama-se “positrão”. Assemelha-se a um eletrão, mas a sua carga é positiva e não negativa. De acordo com a equação de Dirac, quer os eletrões quer os positrões têm de existir na natureza. A equação prevê igualmente que pares de eletrões e positrões podem sair do vácuo, criados na realidade a partir do nada. Isto era bizarro e difícil de entender, sobretudo porque quando Dirac escreveu esta equação pela primeira vez nunca ninguém vira um positrão. Dirac absteve-se de afirmar que os positrões existiam mesmo até, em 1932, serem detetados em raios cósmicos. Dirac ganhou o Prémio Nobel no ano seguinte.»
(In “UMA TEORIA PERFEITA”, de Pedro G. Ferreira, Editorial Presença, págs. 163 e 164)

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