“JUSTIÇA” SECA…
Há terras de gente seca…
O que são terras de gente
seca?...
São terras em que as pessoas não
têm alma; em que ninguém acredita na vida depois da morte; em que as pessoas
acreditam que elas próprias são apenas feitas de matéria; em que não há
elevação espiritual…
E estas terras de gente seca é
servida, na maioria das vezes, por tribunais secos, em que vigora uma “justiça”
também seca…
E o que é uma “justiça” seca?...
É aquela que trata as pessoas
como se não tivessem alma, como se a vida se reduzisse à vida física; em que
não há critérios para aferir da “culpa” de quem quer que seja; em que a “culpa”
é apreciada “a olho”, mecanicamente, e apenas porque a lei a refere, mas em que
os próprios magistrados a não entendem; em que não há uma perspetiva do Homem
em Evolução, nem, muito menos, para onde evolui…
“Justiça” seca é aquela “justiça”
em que, quando aparece alguém espiritualizado a servir a Justiça, logo é
marginalizado porque está fora dos parâmetros da normalidade da “justiça” seca,
porque é um herege, porque trai os interesses da “classe” que serve a “justiça”
seca…
“Justiça” seca é aquela em que se
“despacha” papel, em que se “julgam” processos e não pessoas…
Há que espiritualizar – sem
qualquer superstição – a “justiça”, para que esta possa começar a ser Justiça…
Há um longo trabalho a fazer e a
realizar, neste campo, para que a “justiça” deixe de ser seca…
Não se trata de introduzir a
“religião” na Justiça – já que a “religião” organizada também é, e sempre,
seca, porque se baseia em “escrituras” mortas, desde a morte dos seus autores
ou inspiradores…
Trata-se de perceber que há mais
mundo – e mundos –, para além do mundo material…
Trata-se de conhecer a Realidade,
primeiro, para julgá-la, depois…
Disse!
- Victor Rosa de Freitas -
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