segunda-feira, outubro 24, 2016

“JUSTIÇA” SECA…


Há terras de gente seca…

O que são terras de gente seca?...
São terras em que as pessoas não têm alma; em que ninguém acredita na vida depois da morte; em que as pessoas acreditam que elas próprias são apenas feitas de matéria; em que não há elevação espiritual…
E estas terras de gente seca é servida, na maioria das vezes, por tribunais secos, em que vigora uma “justiça” também seca…
E o que é uma “justiça” seca?...
É aquela que trata as pessoas como se não tivessem alma, como se a vida se reduzisse à vida física; em que não há critérios para aferir da “culpa” de quem quer que seja; em que a “culpa” é apreciada “a olho”, mecanicamente, e apenas porque a lei a refere, mas em que os próprios magistrados a não entendem; em que não há uma perspetiva do Homem em Evolução, nem, muito menos, para onde evolui…
“Justiça” seca é aquela “justiça” em que, quando aparece alguém espiritualizado a servir a Justiça, logo é marginalizado porque está fora dos parâmetros da normalidade da “justiça” seca, porque é um herege, porque trai os interesses da “classe” que serve a “justiça” seca…
“Justiça” seca é aquela em que se “despacha” papel, em que se “julgam” processos e não pessoas…
Há que espiritualizar – sem qualquer superstição – a “justiça”, para que esta possa começar a ser Justiça…
Há um longo trabalho a fazer e a realizar, neste campo, para que a “justiça” deixe de ser seca…
Não se trata de introduzir a “religião” na Justiça – já que a “religião” organizada também é, e sempre, seca, porque se baseia em “escrituras” mortas, desde a morte dos seus autores ou inspiradores…
Trata-se de perceber que há mais mundo – e mundos –, para além do mundo material…
Trata-se de conhecer a Realidade, primeiro, para julgá-la, depois…
Disse!
- Victor Rosa de Freitas -  
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