quinta-feira, setembro 29, 2016

O (ÚLTIMO) LIVRO DE LABORINHO LÚCIO...


Estou a ler o livro (romance!?...) de Laborinho Lúcio, “O Homem que Escrevia Azulejos”.
O autor refere cenas da vida entre pessoas, mas apenas no seu relacionamento exterior, faz apenas descrições “materiais” da vida…
É certo que o autor também refere “alma”, “lágrimas que escorrem pelo rosto” de uma certa pessoa, refere a “liberdade” e fala muito de cultura, designadamente musical…
Porém, não dedica uma palavra sobre o que “seja” a alma, não tem uma frase explicativa do “estado de alma” da personagem em cuja face rolam as lágrimas…
Quanto à “liberdade”, limita-se a referir que “é uma imanência do ser, nasce com ele, é um seu impulso natural”; mas nada diz quanto ao que é o “ser”, não define “impulso natural”, não refere o que significa "viver em liberdade”, ficando-se sempre por uma descrição material e superficial de corpos que falam e que vivem e morrem, comem e bebem, sofrem, mas não tem uma referência sobre o que seja a “vida interior” das pessoas…
O livro não tem nada para nos dar – que o “Google” não ofereça ou que a calhandrice das mulheres, em geral, e de certos homens - todos mais ou menos “cultos” - não ofereça…
Quanto aos aspetos de “cultura”, não têm qualquer enquadramento no drama da vida humana, referente às suas dores, sacrifícios, prazeres, estados de alma…
Numa palavra:
Trata-se de um livro palavroso e sem conteúdo, de um autor de grande “cultura”, mas que não tem sabedoria…
A descartar!
Disse!

- Victor Rosa de Freitas -

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