quinta-feira, fevereiro 07, 2019

A MENTE DE JESUS, O CRISTO…

«”Que homem é este que, na infância, com dois anos, foi perseguido de morte; na adolescência, trabalhou com as mesmas ferramentas que um dia iriam matá-lo – madeira, martelos e pregos?” E, pondo as mãos na cabeça, completou a sua indagação: “Ele tinha todos os motivos para ser ansioso e depressivo… Mas, espantosamente, proclamou os Códigos da Felicidade. Que mente é esta que trabalha as ferramentas de gestão da emoção muitos séculos antes do nascimento da psiquiatria e da psicologia?”
«Para Marco Pólo, diretor do departamento de psiquiatria de uma importante universidade da Califórnia, a gestão da emoção era fundamental, era o treino dos treinos para que o Eu, que representa a capacidade de escolha, se tornasse autor da própria história. Contudo, a educação mundial era racionalista. Formava seres humanos livres por fora, mas aprisionados por dentro. Trémulo, pegou numa caneta e, depois de respirar profundamente para se acalmar, escreveu algumas perguntas inquietantes:
«”Porque é que a emoção de crianças e adultos, religiosos e ateus, tem sido frequentemente uma terra de ninguém, sem proteção? Porque é que as universidades se omitiram de estudar as ferramentas do homem mais complexo da História? Que preconceito mordaz é este que nos controla?” De facto, o preconceito em relação ao homem Jesus era atroz e paradoxal. No mundo inteiro era comemorado o seu nascimento, mas as suas ideias não podiam entrar no meio educacional. Era quase impossível falar sobre o seu intelecto em qualquer universidade ou escola secundária sem que pensassem tratar-se de um discurso religioso. Era possível falar de Pitágoras, Sócrates, Platão, Descartes, Espinosa, Kant, Hegel, Sartre ou qualquer outro pensador, ainda que intelectualmente débil, sem qualquer constrangimento, mas falar do Mestre da emoção era um problema. A Inquisição académica era terrível.
«O erro não era apenas das universidades, mas sobretudo das próprias religiões que o seguiam, pois achavam que seria uma heresia estudar a inteligência de Jesus Cristo. Para elas, o psiquismo dele era insondável; os seres humanos não tinham a mínima capacidade para o analisar. Por fim, Marco Pólo escreveu uma última pergunta, que constituía por si só uma importante tese:
«”A recusa em estudar a mente de Jesus asfixiou a evolução da humanidade?”»
(In “O HOMEM MAIS FELIZ DA HISTÓRIA”, de Augusto Cury, Pergaminho, págs. 11 e 12)

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