segunda-feira, setembro 22, 2025

Cid P. Valente 2 d · O EURO DIGITAL: O DINHEIRO QUE JÁ NÃO É TEU...

 Chamam-lhe “inovação”, “futuro”, e “modernização". Mas a verdade é simples e feia: o euro digital não é para ti, é para eles. Sabes quem são eles? Esses mesmos. Os dos sistema. Os que mandam nisto tudo e que se estão a borrifar para ti e para as tuas necessidades e vida como cidadão.

É vendido como se fosse a versão tecnológica das notas e moedas que trazes no bolso. Mas não te enganes: as tuas moedas podem cair da carteira e perderem-se na rua sem deixar rasto. O euro digital, esse, nunca se perde porque estará sempre debaixo do olhar clínico do Banco Central Europeu. Topas?
Percebes mesmo?
Cada compra, cada transferência, cada café que pagares é registado. Registado e rastreavel.
Adeus privacidade. O que ainda te resta de liberdade financeira, morre aqui. Estou a fazer-me entender?
Dizem que é para combater fraude, corrupção e terrorismo. Mas a verdadeira fraude é outra: é esta fantasia de que o Estado e os bancos precisam de saber tudo sobre a tua vida para te “proteger”. Obviamente cheios de boa fé. Porque nós sabemos que quer o Estado quer os bancos são entidades a transbordar de boa fé. Certo?
A história já nos ensinou: sempre que nos prometem segurança em troca de liberdade quem perde somos nós. Ou a memória colectiva é mesmo curta?
E aqui está o lado mais obscuro: o dinheiro pode ser programado.
Isso soa técnico, mas traduz-se em algo chocante: já não serás dono do teu próprio dinheiro.
O teu salário pode vir com prazo de validade como um iogurte grego com sabor a maracujá.
Um subsídio pode vir bloqueado para que só possas gastar em certas coisas. E um dia, quem sabe, se discordares demais, o teu acesso pode ser simplesmente desligado. Zás!
Não, isto não é ficção científica. É a lógica inevitável de um sistema que troca notas anónimas por zeros e uns rastreáveis.
O euro digital não nasce para te servir. Nasce para que governos e bancos não percam o monopólio do dinheiro. Para que possam controlar não só quanto tens, mas como e quando o usas.
No fim, restará a grande pergunta: o que preferes? Conveniência com coleira ou liberdade com riscos?
Porque uma coisa é certa: quando o dinheiro já não for teu, tu também já não serás.
E isto não é a porra de uma teoria da conspiração, não é negacionismo da treta ou chalupice aguda.
Muito menos ignorância. Há décadas que vivo no meio desta área.
CPV
Não volto a alertar. Regresso à minha toca onde planto alfaces e rúcula, ouço música, leio, brinco com os meus cães, contemplo a Terra, os Céus e os pássaros e por fim mas não menos importante partilho a vida com a minha tribo. Um núcleo cada vez mais reduzido porque sim.
on-line
Support independent publishing: buy this book on Lulu.