O MEU CASTELO...
«Existiu, certa vez, um monge. Foi visitado por algumas pessoas, as quais lhe disseram:
« - Os teus inimigos estão no teu encalce e querem matar-te.
«O monge respondeu:
« - Não se preocupem comigo. Quando me encontrarem, estarei no meu castelo.
«Foi o que ele disse: «Quando me encontrarem, estarei no meu castelo.»
«Era apenas um monge; vivia numa cabana muito modesta. Quando os seus inimigos descobriram o que ele tinha dito, «Quando for atacado, estarei dentro do meu castelo», ficaram surpreendidos. Certa noite, foram à cabana do monge e perguntara-lhe:
« - Onde está, então, esse teu castelo?
«O monge começou a rir-se e, colocando a mão sobre o coração, respondeu:
« - Aqui está ele. E quando me atacarem, esconder-me-ei dentro dele. Aliás, já lá estou escondido. Não tenho medo do que me possam fazer.»
(In “A CULPA NÃO É DO KARMA”, de OSHO, Pergaminho, págs. 37 e 38)
«A
culpa não é do karma… é sua, mesmo!
Mas a liberdade também…»
«Em todo o mundo, milhões de pessoas acreditam que as suas ações e experiências têm uma ligação causal pela lei do karma. Esta causalidade é a pedra de toque de muitas das religiões e visões do mundo orientais, mas também tem sido apropriada, no ocidente, pela “New Age”.
«Neste contexto, o karma tende a ser entendido como uma espécie de justiceiro cósmico exterior às nossas ações e à nossa vontade – daí expressões como «karma instantâneo» ou simplesmente «o que vai, volta».
«Esta visão simplista do karma não faz muito sentido, a não ser, como explica Osho, enquanto estratégia da mente para atribuir ao passado responsabilidade pelo presente, permitindo-nos permanecer numa posição de autocomiseração e vitimização: «Não fui eu, foi o meu karma».
«Osho faz, ao longo destas páginas, uma leitura do conceito de karma que nos desafia a parar de culpar forças externas por tudo o que sentimos estar errado nas nossas vidas. Encoraja-nos a pormos em prática a inteligência com que somos naturalmente dotados e as possibilidades de que dispomos para transformar o nosso presente, criar uma verdadeira mudança, e construir o presente – e o futuro – que queremos. Sem desculpas.»
(na contracapa do livro)
Benavente, 13.08.2025
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Victor Rosa de Freitas –
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