DAR E RECEBER - o caso Sócrates…
Aos pobres dá-se uma esmolinha, faz-se caridade…
Às igrejas fazem-se “doações”…
As primeiras são simbólicas…
As segundas são avultadas…
Ambas são para obter a “salvação” – seja lá “isso” o que for…
Mas se houver alguém que dá um “sentido de vida” a um amigo, se alguém é um “mentor espiritual” de um amigo, “Aqui d’El-Rei, que nos estão a enganar!”…
OSHO, um célebre místico indiano do século XX, que fazia apelo ao desapego aos bens materiais, tinha toda uma filosofia de vida que era seguida por muitos – e principalmente pessoas economicamente ricas, que não tinham um “sentido de vida”…
E estas pessoas pagavam principescamente a OSHO para que este as orientasse “espiritualmente” na Existência…
As igrejas prometem a “salvação” e as pessoas dão – o que têm e o que não têm – em troca…
José Sócrates foi governante e foi (e é) um líder político…
Tem um amigo de infância a quem dá um sentido para a “vida”…
Este amigo é abonado economicamente…
Em dificuldades, José Sócrates recorre ao amigo, sobre quem tem um grande ascendente “espiritual”…
Qual é a dificuldade - ou a aporia lógica – que impede que a generalidade das pessoas recusem aceitar que o amigo de Sócrates o possa abonar principescamente quando este se encontra em dificuldades económicas?...
Há aqui uma relação que foge à “normalidade” no relacionamento entre Sócrates e o seu amigo…
Mas Sócrates – e, por tabela, o amigo – foge, notoriamente, à “normalidade”…
Investigue a “justiça” o que tem a investigar – respeitando, como é óbvio e seu dever, as regras do Estado de Direito…
Se não encontrar provas de crime(s), terá de aceitar a realidade, ou seja, a versão de sempre de Sócrates: o dinheiro que dizem que é dele (Sócrates) é, antes e desde sempre, do seu amigo…
(Para quem vive nesta MATRIX, é difícil ver as coisas como acabadas de expor, pois quem vive “alienado” nesta MATRIX não “vê” muitas coisas, a maioria delas evidentes…)
Disse!
Benavente, 19.03.2017
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Victor Rosa de Freitas -
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