terça-feira, julho 23, 2019

COMUNIDADE RELIGIOSA E CIENTÍFICA…

«O meu principal motivo para não apoiar a abolição da religião é que a fé partilhada não tem rival em termos da sua capacidade para promover um sentido de comunidade significativo, e existem provas bastante fortes que apoiam a ideia de que sentirmo-nos ligados aos outros é vital para a nossa saúde. Apesar das imprecisões factuais e da tendência para interpretar o texto à letra, continua a haver bastante sabedoria nos livros religiosos de todo o mundo. O recurso à arte de contar histórias é uma das áreas em que a religião tem uma certa superioridade em relação à ciência. Também pode ser uma fonte inesgotável de esperança, ajudando as pessoas a permanecerem positivas mesmo quando as circunstâncias são desesperadas, ao passo que, por sua vez, a realidade científica pode oferecer pouco consolo. Para se ter uma ideia concreta do sistema de crença de uma religião, uma pessoa precisa apenas de ir a uma igreja, um templo, uma mesquita ou uma sinagoga uma vez por semana e ouvir o que lá se diz. Se um desconhecido aparecer regularmente uma vez por semana num lugar de culto, em breve verá que foi aceite pelos outros como parte do InGroup, o que pode proporcionar muito rapidamente uma sensação de pertença à comunidade. A ciência pode granjear muitas respostas importantes às grandes questões da vida, mas quando um desconhecido entra uma aula aberta de ciências, sairá inevitavelmente do espaço a sentir-se tão sozinho como quando lá entrou.
«O facto é que as pessoas que conseguem forjar relações íntimas, duradouras e cooperantes, com sucesso, obtêm benefícios de saúde psicológicos e físicos. Até vivem mais tempo. Por outro lado, aqueles que se encontram afastados da família, dos amigos e dos colegas de trabalho, acabam por frequentemente se sentir muito isolados. Esta não é apenas uma circunstância triste; na verdade, torna as pessoas mais vulneráveis a uma variedade de problemas de saúde, incluindo doenças cardíacas e cancro.»
(In “A CIÊNCIA DO PECADO”, de Jack Lewis, ? ! DESASSOSSEGO, págs. 26 e 27)
- Victor Rosa de Freitas –

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