domingo, março 29, 2015

EM PORTUGAL, A PALAVRA DE ORDEM É NÃO VOTAR!!!...


Por que haverias tu de votar, cidadão eleitor?...
Os que se candidatam não sabem o que andam aqui a fazer...
E, quem não sabe o que anda aqui a fazer, o que "faz"?...
Dedica-se apenas a TER mais e mais, para si próprio, na ilusão de que TER muito lhe dará (alguma) felicidade...
Ou seja: quem não sabe o que anda aqui a fazer apenas defende os seus próprios interesses materiais, em mordomias ou de "poder"...
E se eles - candidatos - apenas defendem os seus próprios interesses, o que têm eles para que te possam representar?...
NADA!!!
Não te iludas, caro eleitor!!!
NÃO VOTES EM NINGUÉM E DEIXA O MUNDO CORRER!!!
Procura tu próprio, antes, encontrar um SENTIDO para a vida e, quando o encontrares, OFERECE-O - tal sentido - à humanidade!!!...
E a humanidade, então, VOTARÁ em ti, porque TENS o que OFERECER, tens um SENTIDO de vida para REPRESENTAR!!!...

- Victor Rosa de Freitas -

sábado, março 21, 2015

OS BUSCADORES DA VERDADE...


«George Gurdjieff costumava dizer que a maioria de nós é como um homem que nasce imperador, com enormes palácios e tesouros incontáveis, mas vive toda a sua vida no átrio, sem se dar conta de que o átrio não é uma habitação e que nasceu para viver no palácio. Nunca reclamou os seus direitos. Nunca perguntou à existência: «Qual é o meu destino? Porque estou aqui? Qual é o sentido desta vida?» Não é inquiridor. Aceita o que por acaso lhe é oferecido, e pensa que é só isso que a vida tem para oferecer.
«Um homem torna-se inquiridor quando toma consciência de que essa existência mesquinha não pode ser a única que há. A vida tem de conter muito mais. Tem de haver tesouros de que ele não faz ideia, caso contrário, levantar-se cada manhã, comer o seu pão, ir para o seu trabalho, voltar a casa, mover-se como uma roda do berço até à cova... pode essa rotina chamar-se vida? Pode essa rotina encher de canções e dança o seu coração? Quem tiver o mínimo de inteligência recusará viver essa rotina. Viver essa rotina não é viver, é apenas vegetar. Não podemos continuar a vegetar! Temos de lutar para viver, viver em toda a plenitude possível. Temos de reclamar os nossos direitos.
«Um provérbio indiano diz que «nem a mãe dá leite à criança enquanto ela não chora». A criança tem de reclamar, de exigir. Mesmo à mãe. Até a criança se manifestar, o seu desejo e a sua fome não significam nada. Esta existência é a nossa mãe, e temos de pedir, de reclamar, de exigir e insistir no sentido e no significado do nosso nascimento e na razão da nossa vida. Para que servem?
«No momento em que a ideia de um propósito, de um sentido e de um significado nos surge, tornamo-nos "sannyasins", buscadores da verdade. E no dia em que descobrimos o nosso tesouro individual, isso traz-nos uma tal satisfação, uma tal beatitude, que onde quer que estejamos, criamos uma atmosfera, uma fragrância que não é deste mundo, que pertence ao além.
«Feliz é aquele que se torna uma porta para o além, para os segredos e mistérios desconhecidos. Mas quem não se tornar um buscador continuará a respirar, a vegetar, e acabará por morrer sem ter tido qualquer noção do sentido da sua vida.
«Uma grande mulher do século XX, uma grande poeta, Gertrude Stein, estava a morrer. Os amigos tinham-se reunido, porque os médicos os tinham avisado de que poucas horas lhe restavam. Rodeavam a sua cama, em profundo silêncio, de lágrimas nos olhos. A mulher que ia deixá-los não era uma pessoa comum. Falava em palavras de ouro; escrevia coisas quase impossíveis de pôr em palavras. De repente abriu os olhos, olhou à sua volta e perguntou: «Qual é a resposta?»
«Era estranho. Primeiro faz-se a pergunta; só que a pergunta não tinha sido feita e ela pedia a resposta. Pelo menos antes de partir, no crepúsculo da sua vida, estava pronta para a resposta. «Qual é a resposta?» Todos os presentes ficaram confusos, porque não sabendo qual era a pergunta, como poderiam dar-lhe uma resposta? Discutir com uma moribunda que todos veneravam e amavam seria uma falta de respeito, mas ela continuava à espera que lhe dissessem alguma coisa. Finalmente um amigo falou: «Gertrude, esqueceste-te de fazer a pergunta, como havemos de te responder?»
«Ela sorriu: «Bem, então qual é a pergunta?» Foram as suas últimas palavras. Morreu com elas nos lábios. «Então qual é a pergunta?»
«Este pequeno incidente tem um significado profundo. Não sabemos a pergunta e não sabemos a resposta, mas continuamos a arrastar-nos, sem saber de onde viemos, sem saber para onde vamos, sem saber o que fazemos aqui. É uma situação insólita, quase insana.»
(In "Fala-nos do amor", de OSHO, Pergaminho, págs. 201 e 202)

sexta-feira, março 20, 2015

A ESTÁTUA DO CÃO RELIGIOSO...


«Existe uma estátua de um cão numa pequena estação na Suíça. O cão pertencia a um homem que costumava ir todas as manhãs para a cidade para trabalhar; ele vivia numa pequena aldeia. O cão costumava ir despedir-se dele todas as manhãs e, quando regressava à noite, o cão estava sentado na plataforma para lhe dar as boas-vindas.
«Um dia, porém, o homem partiu e nunca mais regressou. Teve um acidente e faleceu. Mas o cão esperou. O comboio chegou; o cão percorreu todas as carruagens, com os olhos lavados em lágrimas, procurando o dono. Os passageiros saíram todos, mas o cão não saía de lá. Esperou pelo comboio seguinte... talvez o homem tivesse perdido o comboio.
«O cão não comia nem bebia e ficou sentado no mesmo local durante sete dias. Ao início, o chefe da estação e os funcionários tentaram enxotá-lo, porém, a pouco e pouco sentiram que não estavam a proceder corretamente. Sempre com os olhos lavados em lágrimas, continuou a verificar cada comboio, todos os dias. Não passou um único comboio que ele não verificasse todas as carruagens. E, ao sétimo dia, cheio de fome - porque costumava comer acompanhado do dono -, morreu no mesmo local, à espera.
«Alguém pode dizer que este cão não era religioso? Ele sabia o que era o amor, mais do que alguns seres humanos. Ele sabia o que era a amizade e a dedicação. E a aldeia e o chefe da estação perceberam que tinham sido cruéis ao tentar enxotar o cão. Numa atitude de arrependimento, erigiram uma estátua ao cão, que continua à espera, de olhos fixos na mesma carruagem onde o dono costumava chegar.»
(In "Fala-nos do amor", de OSHO, Pergaminho, págs. 172 e 173)

quinta-feira, março 19, 2015

DIFERENÇAS...


Qual é a diferença entre uma pessoa normal e um sábio?...
É que a pessoa normal quer ser um sábio...
Enquanto que o sábio quer ser (apenas) uma pessoa normal...
- Victor Rosa de Freitas -

segunda-feira, março 16, 2015

VIDA MUNDANA E VIDA ESPIRITUAL...


A vida mundana é uma luta de espíritos, almas ou mentes...
A vida espiritual é a busca da Verdade, de Deus...
Como conciliar as duas?...
A primeira, sem luta, é opressão...
A segunda, sem hierarquia, é uma ilusão...
Haverá algum virtuoso meio-termo?...
Os religiosos e os místicos dizem que sim, na prática do Amor...
(A mim me parece que a luta é contínua, quer na vivência da primeira, quer para concretizar a segunda - com amor criativo e sem queixas nem ressentimentos, apenas cada um feliz por tudo o que a Existência lhe deu...)...
- Victor Rosa de Freitas -

sexta-feira, março 13, 2015

A SINGULARIDADE DE JESUS DE NAZARÉ...


«Em meu entender, a vida, os ensinamentos e a actividade de Jesus de Nazaré sobressaem claramente em comparação com outros fundadores de religiões. Jesus não foi uma pessoa formada na corte, como aparentemente foi Moisés, nem filho de príncipe, como Buda. Mas também não foi um erudito e político, como K'ung Fu-tzu, nem um comerciante rico e cosmopolita, como Maomé. É precisamente por a sua extração social ser tão insignificante, que a sua importância duradoura parece ainda mais espantosa. Ele não defende a validade incondicional de uma lei escrita que se desenvolve sem cessar (Moisés), nem o retiro monástico em ascético ensimesmamento dentro da comunidade regulamentada de uma ordem (Buda), nem a renovação da moral tradicional e da sociedade estabelecida em consonância com uma lei cósmica universal (K'ung Fu-tzu), nem revolucionárias conquistas violentas em luta contra os infiéis e a fundação de um estado teocrático (Maomé).
«Jesus também me parece inconfundível no sistema de coordenadas da sua época. Não se deixa enquadrar com os poderosos nem com os rebeldes do país, nem como os moralizadores nem com os submissos. Revela-se como um provocador, mas tanto à direita como à esquerda. Não está protegido por nenhum partido, desafia em todas as direções: «O homem que quebrava todos os esquemas» (Eduard Schweizer). Não é um sacerdote, mas parece estar mais perto de Deus do que os sacerdotes. Não é um revolucionário político ou social, mas parece mais revolucionário do que os revolucionários. Não é monge, mas parece mais livre em relação ao mundo do que os ascetas. Não é um cauísta moral, mas tem mais fibra moral do que os moralistas. Os evangelhos mostram-no incessantemente: Jesus é diferente! Apesar dos múltiplos paralelismos em pormenores concretos, o Jesus de Nazaré histórico revela-se, em conjunto, totalmente inconfundível, tanto nesse tempo como na atualidade.
«Tendo em vista a nossa "práxis vital", o aspeto decisivo da mensagem de Jesus do reino e da vontade de Deus é totalmente inequívoco: em ditos, parábolas e factos, ganha forma a proclamação alegre e grata de uma nova liberdade. Para mim, aqui e agora, isto significa:
« - precisamente em tempos de febre bolsista e de valor das ações das empresas, não se deixar dominar pela avidez de dinheiro e prestígio;
« - precisamente em tempos de renascimento de uma política imperialista, não se deixar influenciar pela vontade de poder;
« - precisamente em tempos de desaparecimento inaudito de tabus e consumismo desenfreado, não se deixar escravizar pela propensão para o sexo nem pela ânsia de prazer e diversão;
« - precisamente em tempos em que só o rendimento parece determinar o valor da pessoa, defender a dignidade humana dos fracos, «improdutivos» e pobres.
«Trata-se de uma "nova liberdade": tornarmo-nos livres a partir da realidade de Deus, que abrange mais, que não só me envolve e penetra a mim como a todos os seres humanos, e a que Jesus chama «Pai». E partindo de Deus, comprometidos em última instância apenas com ele, libertarmo-nos para as pessoas. Não preciso de me tornar um asceta; como é sabido, Jesus também bebia vinho e participava em banquetes. Mas também não devo cair num estilo de vida egoísta, atendendo apenas aos meus próprios interesses e satisfazendo as minhas necessidades. Pelo contrário, há que procurar ter presente, no dia a dia, o bem-estar do próximo que, neste preciso momento, necessita de nós, o que significa, em vez de querermos dominá-lo, tentarmos servi-lo tanto quanto pudermos. E praticarmos o bem em tudo e, quando for necessário, exercermos o perdão e a renúncia. Reconheço-o: um desafio sempre novo - também para mim pessoalmente no decurso de uma longa vida.
«Para o próprio Jesus, a observância dos preceitos elementares do humanitarismo é, por assim dizer, algo que é considerado ponto assente. Cumprir os mandamentos de Deus significa também para ele: não matar, não mentir, não roubar, não fazer mau uso da sexualidade. Nisso coincide com as exigências morais dos demais fundadores de religiões: a base para a ética mundial. Mas, ao mesmo tempo, radicaliza-as. No sermão da montanha, vai muito mais além delas: em vez de acompanharmos o outro apenas durante a «milha» obrigatória, deveríamos acompanhá-lo, se fosse esse o caso, durante «duas milhas»; no entanto, isto não deve ser entendido como uma lei geral, que teria de ser sempre cumprida; essa pretensão seria pouco realista, como muitos críticos judeus aduzem, com razão. As «exigências» de Jesus são um convite, um desafio, a que ousemos assumir, conforme o caso, um compromisso generoso em prol do próximo, seguindo o exemplo do (para os judeus, herético) samaritano para com o desconhecido que fora vítima dos salteadores. Assim, praticar, na vida concreta, um amor criativo que não possa ser exigido por qualquer lei. «Amor»: uma palavra que Jesus mal utiliza, mas que, na prática, constitui a sua exigência máxima, tão universal como radical; um amor sem sentimentalismo que diz respeito a todos, incluindo o adversário, e que não permite que o inimigo seja eternamente inimigo.
«Para mim, e para inúmeras pessoas, no seu conjunto uma grata e libertadora espiritualidade da não violência, da justiça, da misericórdia e da paz. Inclusive uma espiritualidade da alegria, que não coloca cargas desnecessárias sobre os ombros das pessoas. Uma espiritualidade que congrega e não divide.»
(In "Aquilo em que creio", de Hans Küng, Temas e Debates-Círculo de Leitores, págs. 216 a 219)

quarta-feira, março 11, 2015

O VERDADEIRO AMIGO...


«Um verdadeiro amigo tanto será bom comigo como se comportará como um "inimigo". Um bom inimigo é alguém que me respeita e gosta de mim o suficiente para questionar as minhas ideias e os meus comportamentos; ao mesmo tempo, a sua oposição a qualquer uma das minhas ideias e acções não altera o quanto gosta de mim como pessoa.»
(In "EM BUSCA DA PERFEIÇÃO", de Dr. Tal Ben-Shahar, Lua de Papel, pág. 172)

sábado, março 07, 2015

ENSIMESMANDO...


O DEUS das religiões abraâmicas (judaísmo, cristianismo e islamismo) e a perspectiva mística da crença em si próprio e na existência (viver com confiança, no AGORA), são, tudo visto e ponderado, precisamente A MESMA COISA...
As DIFERENÇAS radicam apenas na ARROGÂNCIA e na SOBERBA que levam à luta entre EGOS... ou THYMOS... que se querem IMPOR uns aos outros...

- Victor Rosa de Freitas -
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