quinta-feira, fevereiro 28, 2008

OS MEUS "ERROS" E PORQUE PRECISO DE UM PADRINHO



O meu primeiro “erro” fundamental foi acreditar que, sendo Magistrado do Ministério Público, imperava a Lei e o seu espírito, o Direito e a Justiça, tudo o que deveria defender, por ser esse o meu “dever”.

Ó quanta ingenuidade minha que me levou a tal “erro”.

A Lei e seu espírito, o Direito e a Justiça são preocupações dos Magistrados do Ministério Público, legítimas e devidas, mas que só “vigoram” até haver conflito com um qualquer interesse apadrinhado ou “político”. Quando assim é, o Magistrado do Ministério Público deve “baixar a bola” às “orientações superiores” e “políticas”, mesmo contra a Lei vigente, sob pena de o mesmo Magistrado ser ferozmente perseguido, de nada valendo invocar consciência jurídica, pois aí o que impera é a “hierarquia”, mesmo a estatutariamente ilegal.

O meu segundo “erro” fundamental foi acreditar no império do Estado de Direito democrático.

Foi acreditar que certos “direitos” constitucional e legalmente consagrados, como a liberdade de reunião pacífica e sem armas com quem quer que seja, nunca poderiam integrar ilícito, ainda que disciplinar, muito menos criminal.

Colidindo tais “direitos” com qualquer outro “interesse” apadrinhado ou “político”, o “sistema” do Ministério Público “revoga” os referidos “direitos” e transforma-os em ilícitos disciplinares e criminais.

O meu terceiro “erro” fundamental foi acreditar que os “direitos” consagrados constitucional e legalmente são protegidos atempadamente nos Tribunais.

Os Tribunais e os Juízes (com uma ou outra excepção) ainda vão reconhecendo os “direitos” elementares dos cidadãos, mesmo de Magistrados do Ministério Público perseguidos ferozmente pelo “sistema” - que cede a “interesses” apadrinhados ou “políticos” -, mas MUITO FORA DE PRAZO.

O “sistema”, quer o do consulado de Cunha Rodrigues, de Souto de Moura ou do agora homem de Porto de Ovelha, foi travado, pelos Tribunais, na sua perseguição feroz contra a minha pessoa, enquanto Magistrado, mas MUITO FORA DE PRAZO.

Um simples recurso de uma punição disciplinar de expulsão da Magistratura levou “APENAS” cerca de SEIS ANOS a ser decidido, embora me tenha dado razão.

O “sistema” do homem de Porto de Ovelha recorreu, contumazmente, para o Pleno da respectiva secção do contencioso administrativo (entretanto, os SEIS ANOS já passaram a SETE).

Quanto mais tempo terei de esperar, se não me matarem antes, depois de me levarem à falência?

Preciso URGENTEMENTE de um PADRINHO que tenha PODER dentro do “sistema” e que me defenda da perseguição feroz do “sistema”, agora o do homem de Porto de Ovelha.

Porque o “sistema”, agora o do homem de Porto de Ovelha, não desiste enquanto não me destruir, para dar o exemplo de que os Magistrados do Ministério Público só devem reivindicar “direitos” constitucional e legalmente consagrados, QUANDO A HIERARQUIA AUTORIZAR, e que nas suas funções só devem obediência à Lei e seu espírito, ao Direito e à Justiça SE, QUANDO E NA MEDIDA EXACTA DO QUE A HIERARQUIA AUTORIZAR.

A hierarquia do Ministério Público tem muito mais PODER DO QUE AQUELE QUE A LEI LHE CONCEDE e tem mais poder do que a própria LEI.

Preciso URGENTEMENTE de um PADRINHO que me defenda das consequências dos meus “erros”, designadamente o de ter acreditado que vivíamos num Estado de Direito democrático e que me poderia defender atempadamente de ferozes, soezes e ilegais perseguições do “sistema” – desde o de Cunha Rodrigues, passando pelo de Souto de Moura e agora o do homem de Porto de Ovelha - motivadas por RAZÕES POLÍTICAS e FORA DA LEI.

Porque só um PADRINHO me pode dar VOZ no “sistema” do Ministério Público, agora o do homem de Porto de Ovelha.

quinta-feira, fevereiro 21, 2008

ARROGÂNCIA, A "HYBRIS" DOS GREGOS ANTIGOS



"É claro que os Gregos cometeram erros sérios, não só em relação à natureza, mas também em relação à natureza humana. Alguns desses erros tiveram consequências desastrosas até aos nossos dias. Mas a nossa explosão de conhecimento também cometeu erros, alguns dos quais poderão, em última análise, levar ao desastre da raça humana enquanto todo.

"Em ambos os casos, os erros deveram-se, e devem-se, à arrogância: uma espécie de presunção altiva que implica um desrespeito sacrílego pelos limites que o universo ordenado impõe às acções dos homens e das mulheres. Os Gregos deram um nome especial à arrogância humana:
hybris. Os Gregos consideravam a hybris um pecado e veneravam uma deusa, Némesis, que punia quem o cometesse.

"Hoje em dia, não temos um nome especial para a arrogância humana, nem veneramos Némesis, mas os sinais do seu trabalho encontram-se um pouco por todo o lado."


(In Breve História do Saber, de Charles van Doren, Edições Caderno – uma chancela de ASA Editores -, pág. 58)

quarta-feira, fevereiro 13, 2008

O FERVOR RELIGIOSO E A REALIDADE HUMANA



“Na Primavera de 1212, um jovem pastor chamado Estêvão teve uma visão, na qual Jesus lhe aparecia disfarçado de peregrino e lhe entregava uma carta para o rei de França. O pequeno, que vivia numa vila francesa chamada Cloyes-sur-le-Loir, partiu a fim de entregar a carta. Enquanto caminhava sob o quente sol primaveril, contou sobre a sua missão a todos quantos encontrou. Em breve se encontrou rodeado por uma multidão de outras crianças, determinadas a segui-lo para onde tivesse de ir. Por fim, mais de trinta mil decidiram ir até Marselha, de onde esperavam viajar de navio até à Terra Santa. Aí contavam conquistar os muçulmanos através do amor e não da força das armas.

Ao chegarem a Marselha, foram colocados ao cuidado de mercadores que, ao verem uma oportunidade para lucros enormes, prometeram levá-los a Jerusalém mas, em vez disso, enviaram-nos para o Norte de África, onde foram vendidos como escravos nos mercados muçulmanos que negociavam na compra e venda de seres humanos. Poucos ou nenhuns regressaram. Nenhum chegou à Terra Santa.”


(In Breve História do Saber, de Charles van Doren, Edições Caderno – uma chancela de ASA Editores – pág. 148)

domingo, fevereiro 10, 2008

HÁ SEMPRE UMA COBRA ATRÁS DE QUEM BRILHA

«Era uma vez uma cobra que começou a perseguir um pirilampo.

O insignificante insecto fugia com medo da feroz predadora, mas a cobra não desistia.

Um dia, já sem forças, o pirilampo parou e disse à cobra:

- Posso fazer três perguntas?

- Podes. Não costumo abrir esse precedente, mas já que te vou comer, podes perguntar.

- Pertenço à tua cadeia alimentar?

- Não.

- Fiz-te alguma coisa?

- Não.

- Então porque é que me queres comer?

- PORQUE NÃO SUPORTO VER-TE BRILHAR !!!

E é assim....diariamente tropeçamos em cobras!»

(Texto retirado, com a devida vénia, de JOEIRO)

quarta-feira, fevereiro 06, 2008

PORQUE SOU CRISTÃO?

Modernamente, muitos ateus e outros têm atacado ferozmente as religiões, designadamente as cristãs e, em particular, a Igreja Católica.

Propõem-nos, como alternativa, a ciência e os seus métodos, nomeadamente o darwinismo e o “raciocínio” científico e sua leis para explicar “TUDO”.

Porém, a ciência e seus métodos e leis, sem a religião, levam-nos sempre a um beco sem saída: ao “buraco” frio (gélido) do INFINITO.

A ciência e seus métodos e leis, sem religião, torna o Homem “frio”, apenas “racional”, redu-lo a uma dimensão no máximo ao nível “mental”.

As religiões “aqueceram” o “buraco” frio (gélido) do INFINITO, teificando-O ou deificando-O, procurando fazer do Homem um ser divino, à imagem de Deus.

A religião Cristã, porém, foi a que foi mais longe.

Tornou o Homem divino perante Deus e fez de Deus um ser Humano perante os Homens, em Cristo.

A religião Cristã é, pois, a melhor Religião do Mundo.

EIS PORQUE SOU CRISTÃO!
on-line
Support independent publishing: buy this book on Lulu.